O observador não pode ser a coisa observada. Se o que
chamamos realidade são sinais elétricos recebidos pelos sentidos e interpretados pelo cérebro , então o
observador real não é o cérebro, mas sim aquele que percebe o próprio cérebro. O cérebro é como um “aparelho”
descodificador, mas não o criador da consciência das coisas, senão o cérebro deveria possuir consciência absoluta de si.
Se pensarmos por exemplo numa árvore, essa imagem não nos aparece dentro do cérebro. Então quem interpreta o
cérebro? Ele necessita de um observador externo, e esse observador externo é a Mente.
A Mente é um sistema de energia pessoal que nos envolve o
corpo físico, onde projetamos pensamentos e imagens. A ideia base e primária que possuímos de nós próprios é a de
que estamos sempre a pensar, somos uma sucessão continua de pensamentos, e os pensamentos são formas de energia com
informação que se manifestam na Mente. A Mente é como um mecanismo de pensar, perceber e sentir do ser
humano. É na Mente que a personalidade vive, é autoconsciente e toma decisões, o corpo físico acaba por ser um veículo
para a expressão da personalidade.
Quem somos? Somos um sistema vivo de energias com um Corpo
Físico, uma Mente, uma Alma, uma Essência Divina, uma Identidade, um Caracter e uma Personalidade.
O que fazemos aqui? Experienciamos a vida, e o que é a vida?
A vida é um processo que ocorre entre o organismo (a nossa Individualidade) e o seu meio ambiente. Recebemos os
estímulos externos e físicos do meio ambiente, os quais alcançam A Mente através do mecanismo energético do nosso sistema
nervoso e cérebro.
Fazemos o que temos feito sempre ao longo da vida: Trabalho,
Progresso e Lazer. Qual é a pedra angular das nossas vidas? Aprender e ensinar, aprendemos a andar, a falar, aprendemos
com a família, com as instituições, com quem nos rodeia; e ensinamos aos filhos, familiares, amigos, colegas de
trabalho e assim sucessivamente.
E se formos eternos? O que faremos no futuro? Como
ocuparemos a vida durante milhões e mais milhões de anos? Suponho que faremos o mesmo que temos feito até agora: Trabalho
(Serviço), Progresso (Estudo), Lazer (Relaxamento), e iremos adquirindo conhecimento e experiência, sem existirem
certezas da Verdade Absoluta, mas sim uma probabilidade crescente de aproximação à Verdade. Talvez a ocupação e o objectivo
maior da vida, será o de sermos cada vez mais perfeitos e semelhantes a Deus; e meio universo está empenhado na missão
de tornar todos os seres provenientes dos mundos evolucionários, em seres perfeitos e semelhantes a Deus, e
esse será o longo Caminho a percorrer até o Encontrarmos.
Para onde vamos? Provavelmente iremos servir nos mundos e
criações que irão surgir nas galáxias e universos, que neste momento estão em formação no espaço exterior…
Rui Madeira