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sábado, 2 de julho de 2016

Poemas com Jazz


Atlas da harmonia biológica

Avistei com olhar de primavera 
Um animal que dançava subtil,
Uma planta em frente de onde eu vivo,
Vive para que todos os dias eu a festeje existindo.

Animais, vegetais em coligação com o homem,
O mais belo registo da enciclopédia universal,
Saber lê-la é descodificar emoções pensantes,
É elevar a linguagem ao extremo dos nossos corações.




Nota muito importante: O nome do autor do poema tem música. Basta clicar.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Poema com Jazz


A clínica que alimentava pombos

A velha que da janela do dentista 
Alimentava pombos.

A meus olhos chegavam ruídos
Cromáticos da publicidade clínica.
E de entrada na sala de espera
A televisão movia os segredos 
Mais básicos da condição humana.

O rabo da velha a olhar para mim
Debruçada á janela com o pão duro ao lado.

O mundo clínico acaba quando
O dente morto for absorvido 
Pelo mundo exterior a mim
Dissolvendo definitivamente a dor.

A velha da janela da clínica
Alimentando pombos
Com o saco quase vazio,
Em frente ao sol que embatia de fronte,
E onde á porta da clínica um cinzeiro 
Pairando tímido anunciava:

"Local de fumadores"



Nota Muito Importante: O nome do autor tem jazz, basta clicar em cima!!!


quarta-feira, 9 de março de 2016

Poema com Jazz


Tela negra de cromatismos nupciais

O vinho escorria da montanha e a mesa estava posta.
O pintor acariciava a tela diante de uma mulher nua,
E uma gota de suor escorria-lhe na face.

O quadro negro da janela com a noite por trás,
Reclamou o seu silêncio por uma coruja que passava perto
Em direção á montanha, guinchando.
A mesa estava posta com a noite a reclamar o seu silêncio,
E pintor sentia o mundo diante da mulher nua.

O eco com que a noite reclamava o silêncio
No coração do homem que o pintava,
Era o mesmo silêncio que a mulher nua via.

E na janela uma luz que se apaga a anos-luz,
Com tempo de sobra para que o homem
E a natureza sejam eternos,
Com tempo de sobra para que o pintor
E a mulher nua sejam uma e uma só tela.

No tempo em que o pincel da história
Se entretia com pajem e príncipes,
Já a janela era o perfeito quardro dos homens.
E e que o pintor pensava o mundo
Antes de qualquer quadro.

E a mesa posta na mulher que a reclamava
E a mesa posta no homem que a reclamava
E ambos viam a mesma coisa,
Tal como a noite e a janela viam de coruja pendurada ao ventre.

Diogo Correia


Nota Importante: Ao clicar no nome do autor, o poema dá jazz!