A clínica que alimentava pombos
A velha que da janela do
dentista
Alimentava pombos.
A meus olhos chegavam ruídos
Cromáticos da publicidade clínica.
E de entrada na sala de espera
A televisão movia os segredos
Mais básicos da condição humana.
O rabo da velha a olhar para mim
Debruçada á janela com o pão duro
ao lado.
O mundo clínico acaba quando
O dente morto for absorvido
Pelo mundo exterior a mim
Dissolvendo definitivamente a dor.
A velha da janela da clínica
Alimentando pombos
Com o saco quase vazio,
Em frente ao sol que embatia de
fronte,
E onde á porta da clínica um
cinzeiro
Pairando tímido anunciava:
"Local de fumadores"
Nota Muito Importante: O nome do autor tem jazz, basta clicar em cima!!!
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