segunda-feira, 27 de julho de 2020

REAL... IRREAL... SURREAL... (406)



Explosão, George Grosz, 1917
Óleo sobre Painel, 47 x 68 cm

Nasceu a 26 de Julho de 1893, Berlim, Alemanha
Faleceu a 6 de Julho de 1959, Berlim Ocidental

George Ehrenfried Grosz foi um importante desenhista, caricaturista e pintor dadaísta alemão da primeira metade do século XX. É considerado, por muitos historiadores da arte, como sendo um dos principais representantes do Dadaísmo na Alemanha.

Esta peça de George Grosz, Explosão, transporta os horrores da primeira guerra mundial , para Berlim. Com um brilho ardente no fundo , desmoronando high-rise edifícios cata-vento em torno de um vórtice preto . Janelas quebram e fumaça derrama no céu noturno . Fatias de half-naked partes do corpo , abraçando casais , e rostos sombrios aparecem em meio ao caos causado por man-made , não natural , desastre . Grosz congratulou-se com o expurgo da sociedade antiga nesta e em outras pinturas, mostrando cidades em frangalhos de destruição que ele fez após ter sido dispensado do exército alemão. , na primavera 1917 , como " permanentemente inapto . "

Principais características do estilo artístico

- Pinturas marcadas por caricaturas da sociedade alemã, visando condenar à corrupção social.
- Obras marcadas pela retratação da violência social e urbana.
- Presença de tons satíricos e de crítica política, principalmente contra o clero, a imprensa, os nacionalistas alemães e os militares.
- Retratação de temas polémicos, perversos e grotescos.

Frase:
- "Meu objetivo é ser compreendido por todos. Rejeito a profundidade que as pessoas exigem..."

in Wikipedia
    SuaPesquisa.com

Selecção de António Tapadinhas

segunda-feira, 20 de julho de 2020

REAL... IRREAL... SURREAL... (405)



Imensidão, Autor António Tapadinhas, 2020
Acrílico sobre Tela, 70 x 100 cm


Selecção de António Tapadinhas

segunda-feira, 13 de julho de 2020

REAL... IRREAL... SURREAL... (404)

Nu Assis sur un Divan,  Amedeo Modigliani, 1917
Óleo sobre Tela, 100 x 65 cm

Nascimento a 12 de Julho de 1884, Livorno, Toscana, Reino da Itália
Morte 24 de Janeiro de 1920, em Paris, França

Amedeo Modigliani foi um pintor e escultor italiano, que viveu parte significativa de sua vida adulta radicado em Paris. Artista principalmente figurativo, tornou-se célebre sobretudo por seus retratos femininos caracterizados por rostos e pescoços alongados, à maneira das máscaras africanas.

A vida de Amedeo Modigliani foi curta e trágica. Estimulado intelectualmente na casa dos pais, em Livorno, mudou-se para Paris, onde viveu em completa pobreza, mergulhado na bebida, nas drogas e numa sucessão de amantes. Ao fixar-se em Montmartre, em 1906, Modigliani não trava relações com os principais artistas que ali viviam, nem mesmo com Picasso, que já se tornara famoso. A companhia frequente de Modigliani, nessa fase, é Maurice Utrillo, que o inicia no hábito das bebidas e drogas, que lhe arruinariam a saúde. Nos últimos anos da vida, pinta quase só retratos e nus femininos. A sensualidade de suas figuras não está em seus corpos, mas no movimento e alongamento que o pintor lhes dá. Apesar de pintor e escultor extremamente talentoso, Modigliani vendeu poucas obras enquanto vivo.

A pobreza e a boémia debilitaram-lhe ainda mais a saúde. Casou-se com uma pintora de 17 anos, Jeanne Hebuterne, que, grávida, se matou no dia em que Modigliani foi enterrado.

Selecção de António Tapadinhas

sábado, 11 de julho de 2020

A Poesia de Manuel (D'Angola) de Sousa


“Furando Tuneis Na Existência Psíquica E Mental Da Terra Física”

Furo um túnel debaixo de terra molhada
Rego raízes de muitos que delas se originam
Podo os ramos que estão hipoteticamente a mais

Ainda oiço falar perto de genocídio
Vejo com o terceiro olho mesmo meio fechado
Quando na escuridão absoluta resplandeço à mesma

Olho a intensidade da luz num piscar de olhos
Benzo-me mesmo assim de mãos atadas atrás das costas
Mastigo a hóstia ainda sem me aperceber disso

Tranco a mim e as memórias no interior dum cofre
Esqueço-me por infinitos instantes onde guardei as chaves
De martelo na mão arrombo portas impenetráveis

Limpo os bolsos de hipocrisias e falsarias à toa
Raspo da superfície da língua palavras indiscretas
Digo o que não devo sem ter tempo para pensar nisso

Vou até ao limite de minhas hipotéticas posses
Armo-me sem armas em pateta e em quem sabe de tudo
Arrasto de rastos a ignorância pela poeira da estrada

Aguardo paciente que a estupidez dilua em pouca água
Dissolvo a vaidade ilusiva e disfarçada em falsa modéstia
Resolvo pular borda a fora do barco em alta velocidade…

Pego a prancha para deslizar nas ondas turbulentas de um mar calmo…

Escrito em Luanda, Angola, por Manuel (D’Angola) de Sousa, a 8 de Julho de 2020, em Alusão Seres Voadores, sejam eles pássaros de todos os tipos, assim como, àqueles que perderam o poder do vôo, e sejam eles pertencentes à classe das aves ou dos mamíferos, ou ainda, aos da classe dos répteis que adquiriram a habilidade para planar, etc…

Não fossem estes e as abelhas e todos os outros animais que, fazem das árvores e das plantas parte essencial de suas vidas e de suas sobrevivências diárias, e talvez as florestas e as selvas nunca se teriam desenvolvido e invadido o Planeta Terra de um verde vegetal e que, ainda, nos proporciona parte substancial do oxigénio que nos permite respirar e sobreviver…

terça-feira, 7 de julho de 2020

QUANDO PORTUGAL DEU O SALTO PARA O MUNDO


Luís Santos


Agora que estamos perto da execução das obras de Requalificação do Cais do Descarregador, em Alhos Vedros, relembramos que por ali, em 1415, se realizaou o Conselho Régio onde estiveram o rei D. João I, com os seus filhos, a famosa Ínclita Geração, onde pontuavam Infante D. Henrique, o Navegador, e D. Duarte futuro rei de Portugal, masi Nuno Álvares Pereira, condestável do reino, entre outros, e foi dado o "tiro de partida" para a incrível obra que constituiu (e ainda constitui) a Expansão Ultramarina Portuguesa. Faz este mês 605 anos.

Poucos anos depois, no final desse século, o alcochetano rei D. Manuel I, assistia à saída da armada de Vasco da Gama, rumo à Índia, ali no Estaleiro da Ribeira das Naus, na Azinheira Velha, hoje Santo André - Barreiro, então concelho de Alhos Vedros. A Ribeira das Naus ou Feitoria da Telha, funcionava em complementaridade com a Ribeira das Naus de Lisboa, sendo a construção dos navios iniciada no verão em Lisboa, e conclída no inversno na Azinheira Velha, por se tratar de um local abrigado.

Menos de um século depois, Afondo de Albuquerque, neto de Gonçalo Lourenço de Gomide, à época o dono de todos "os direitos, rendas e senhorios de Alhos Vedros", tornava-se Governador da Índia, mandato que exerceu entre 15019 e 1515.

Assim, entre 1415 e 1515(!), os episódios que se podem relacionar entre a região e a Expansão Ultramarina são de facto impressionantes. Mas há mais...

Na foto, o lugar do Estaleiro das Naus, na Azinheira Velha, hoje concelho do barreiro.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

REAL... IRREAL... SURREAL... (403)


Retrato do Papa Inocêncio X, Ano 1650
Óleo sobre Tela, 140 x 120 cm

Nascimento, 6 de Junho de 1599, Sevilha, Espanha
Morte 6 de Agosto de 1660, Madrid, Espanha

Diego Velásquez foi um pintor espanhol, um dos maiores nomes do Barroco europeu. Foi o pintor da corte de Felipe IV da Espanha.

Diego Rodriguez de Silva Velázquez nasceu em Sevilha, Espanha, no dia 6 de Junho de 1599. Em 1611 iniciou um aprendizado no atelier de Francisco Pacheco que se prolongou por seis anos. Em 1617 obteve a licença de pintor. Em 1618 casa-se com Joana, filha de Francisco Pacheco.

Ainda adolescente, pintou algumas obras religiosas, entre elas: “Jesus em casa de Marta e Maria” (1618), Imaculada Conceição (1619) e Adoração dos Magos (1619), obras de um realismo incomum e com belos efeitos de claro e escuro.

Em Janeiro de 1650 é admitido na Academia de San Luca. Em Março, expõe no Pantheon o “Retrato de Juan de Pareja”. Em Julho, pinta o Retrato de Inocêncio X.
O quadro de Diego Velázquez, Papa Inocêncio X (1650) encontra‑se em Roma na Galeria Doria Pamphigli. É uma pintura ao estilo realista representando um Papa fulgente, radioso, magnífico, seguro, em suma simbolizando a robustez de um dos pilares fundamentais da cultura e civilização ocidentais. Quando o Papa viu pela primeira vez o quadro pintado por Velasquez terá exclamado “Troppo vero!”.

Trezentos anos depois Francis Bacon viu‑o em reprodução e reuniu depois uma vasta coleção de reproduções, através das quais veio a estudar e a conhecer profundamente o quadro. Teve o cuidado de nunca o ver ao vivo e mesmo quando esteve em Roma evitou a todo o custo o encontro. Entre 1951 e 1965 pintou 45 estudos, variações, reações ao quadro de Velázquez, sentindo sempre uma fortíssima obsessão por ele.

À semelhança de muitos outros artistas do pós‑II Guerra Mundial tentou reproduzir o clima de terror absoluto e descrença na cultura, expressando o que aconteceu à humanidade finda a Guerra e o Holocausto nazi: a destruição geral, a morte, o flagelo, o holocausto nuclear, a despersonalização do homem que se converte em cadáver atirado para valas comuns, seres asfixiados, queimados e atirados fora como lixo, o desespero mudo dos rostos de bocas abertas, incapazes de produzir qualquer som…

in Revista Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica, 2016 7(1): 45-53

Selecção de António Tapadinhas

sábado, 4 de julho de 2020

José Gil


RESILIÊNCIA DE CAIM
o braço do violoncelo da vida e do mundo
ágil, claro e incisivo no teu corpo
a saudade íntima e a esperança alargada
vibro o fogo das horas no relógio tranquilo
o teu ritmo vegetal em finos raios de luz
um íntimo esboço nas ondas
para libertar os tons amarelos
nos trilhos das pernas doces
ama amor devagar a vida é u navio
os dias ondas para continuar nelas
traço a traço as tuas costas
na delicadeza da música dos
dedos e das cerejas secas de mel
de palmela
Do Castelo avisto a aguarela das cores
e a música das flautas
desenho um cais de chegada
flor seca de tília na sola dos pés e no
chá
resiliência
sensual
fruição
Praias de Cascais
Jose Gil
versão de 1-7-2020
09:37h

quarta-feira, 1 de julho de 2020

EG#124


ESTUDO GERAL
jun/jul             2020      Nº124

“Nascer não é uma fatalidade, mas uma escolha pré-consciente, daquela consciência que se perde quando se voa do céu para a Terra, como dizia Platão.” 
(Agostinho da Silva, Vida Conversável, p.14)
  
Sumário
Fim
Bairro Gouveia
Ilha dos Amores
António Telmo
Graffitar a literatura
Poemas
Alhos Vedros TV


---------------------------------Fim de Sumário----------------------------------