sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O FIM

Crónica de Teatro de Maria Simas

Fotografia de Eugénia Matias

               “O Fim”, uma obra de António Patrício*, transformada num grande espetáculo de laboratório teatral com direção e encenação de José Gil, cedeu o palco a um conjunto de atores que já nos habituou à arte de bem representar, são eles José Caldeira Duarte, Lígia Cruz, Miká Nunes, Óscar Martins e Paula Reis. Luz, Fotografias e Som de Eugénia Matias - Grupo de Teatro do Politécnico De Setúbal.

 “Os dias últimos de um povo...”, “(...) com os navios estrangeiros à vista” em honra à receção do dia de aniversário da rainha, a esperança absurda no “Fado” em que a realidade é o impossível, rumo à queda da monarquia.

 É “O Fim”, uma obra simbólica de um clássico da Literatura Dramática Portuguesa do séc. XX,que conta a conturbada situação histórica e política do nosso país, no contexto europeu da época.

Uma narrativa cheia de metáforas e pormenores deliciosos da singularidade e riqueza da língua portuguesa.

É razão para aclamar bis

E assim aconteceu em duas sessões separadas por um curto intervalo, na Sala de Drama da Escola Superior de Educação de Setúbal.


 Maria Simas

 Setúbal 15 de Dezembro 2021


* António Patrício (1878-1930), escritor e diplomata português, dramaturgo e contista, dotadode uma escrita cheia de sensibilidade e ritmo poético, com uma linguagem cheia de simbolismo.

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