O EcoCampus do Instituto Politécnico de Setúbal e a Rede de Escolas Associadas da UNESCO
Muitos dos fenómenos meteorológicos que se têm feito
sentir um pouco por todo o mundo, como é o caso da intensa chuva que tem caído
nos últimos dias no nosso país, têm sido frequentemente associados às
alterações climáticas que, por sua vez, surgem interligadas às múltiplas causas
da excessiva poluição do planeta como é o caso do uso excessivo dos
combustíveis fósseis (petróleo e carvão) que têm sido largamente usados no
funcionamento das indústrias, dos transportes, dos consumos energéticos das
nossas casas.
Esta excessiva poluição que se faz sentir de forma
muito significativa nos ares, nas águas dos rios e dos mares, entre outros
efeitos muito nefastos, tem provocado o aumento da subida das temperaturas
médias do planeta que neste momento se cifra nos 1.2ºC, o que em si é já um
valor muito elevado, mas que continuará a subir se, a nível mundial, não forem
tomado um conjunto de medidas que tendam a alterar alguns dos comportamentos
humanos que estão por detrás destes fenómenos, a fim de que se possam evitar
mudanças climáticas irreversíveis, cujas consequências podem aumentar ainda
mais os níveis de pobreza, fome, doença e, no limite, pôr mesmo em risco as
possibilidades de sobrevivência, pelo menos, de grande parte da espécie humana
no planeta.
Neste sentido, aos frequentes alertas que têm sido
proferidos pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, a
Organização das Nações Unidas, depois de outras, promoveu no mês passado mais
uma Conferência Mundial que decorreu no Cairo, capital do Egipto, onde se
tentaram encontrar compromissos concretos por parte de todas as nações do mundo
que se traduzam numa alteração desses nefastos comportamentos que, por exemplo,
levem ao degelo das calotes polares e o consequente aumento das catástrofes
naturais que lhes surgem associadas.
Assim, desde 2015 que os 193 países que constituem
as Nações Unidas (ONU), chegaram aquela que se designa atualmente como a
“Agenda 2030”, constituída pelos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável
(ODS), e pela sua aplicação até final da década, que consigam inverter, ou pelo
menos, estancar, para o bem comum, as múltiplas causas que têm conduzido à
excessiva poluição do planeta e às alterações climáticas.
Entre os 17 ODS, a necessidade de promover uma
“Educação de Qualidade” e, neste sentido, também de estabelecer um conjunto de
parcerias com instituições afins, tem levado o nosso Instituto (IPS) a
desenvolver um conjunto de ações como resposta aos compromissos assumidos por
Portugal no âmbito das Nações Unidas. Por outro lado, a Comissão Nacional da
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura que
tem como objetivo primordial contribuir para a paz e segurança no mundo) tem
vindo a participar no incremento de uma série de iniciativas como é o exemplo
daquela que se designa como a “rede de escolas associadas da UNESCO”. E é
justamente na tentativa de iniciar uma parceria que se quer duradoura entre o
Instituto Politécnico de Setúbal e a Comissão Nacional da UNESCO que hoje temos
connosco o Professor Carlos Mata, Vice-Presidente do IPS, e a responsável pelo
setor da educação da CNU, Dra. Fátima Claudino, que, respetivamente, no âmbito
dos princípios do desenvolvimento sustentável, nos irão dizer, porque é que o
IPS é um EcoCampus e o que se pretende com essa “rede de escolas associadas da
unesco”.
Luís Santos
19.12.2022
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