Paulo Landeck
Fogem do peito,
Infindáveis cavalos de potência!
Sim, incomensuráveis,
na transmudação de íntimas memórias.
Garranos à solta.
Negras são as rochas,
dizem os fangueiros;
Pois eu digo:
Galopam no escuro em reflexos de azul!
(Sacudidas as grávidas nuvens,
por cósmica poeira
Verdejante.)
Como mar revolto
espreito costa.
Visceral cavalo emerge das profundezas,
para sulcar vagas.
Não serei náufrago,
de variações pronominais
- por valor Indicativo de relações existentes -.
Aparelho minhas forças ao indomável Oceano.
Debaixo de nobilíssima coudelaria
abundam estratos de outras dimensões,
vidas de barro.
De Alter
Ego,
ao perfeito ocaso,
fulgurante espelho líquido
da vitalidade.
Alma
e lezíria.
Sabe que a pureza do sangue
não vem da raça,
quem cavalga universos e destinos,
em liberdade! -
Não obstante,
petrificados cavalos acorreram ao
mar,
cumpridos desafios. -
Indomáveis
vagas.
A vida é sempre repto
para os mustangs
em campo aberto.
Assim também no campo-santo
do Atlântico,
onde correm livremente cavalos selvagens. - Sonho ser Ilha de Sable.
-
Omnipotente,
apenas o céu,
rasgado por Deus,
como se
Domador
de silêncios.
Domar a dor,
como quem aplaina e cerca ímpetos selvagens
onde terra e céu se confundem,
sem jamais se tocar.
Para que do galope reste ilusão,
nuvem de partículas,
por assentar.
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