Paulo Borges
Viver num silêncio maravilhado é a grande alternativa à coisificação e dessacralização do mundo. Quanto Mais crianças, menos capitalistas.
(Foto: manhã de bruma no santuário Dewachen)
Na tradição tibetana diz-se que virá um tempo em que poderes bárbaros se estenderão sobre toda a Terra, dotados de armamento e tecnologia hiper-destrutivos, pondo em risco todos os seres e formas de vida: é então que os guerreiros e o reino de Shambhala se manifestarão, armados de sabedoria e compaixão, e desmantelarão por dentro os poderes bárbaros, vendo que são construídos pela mente e pela mente serão desfeitos.
Na tradição bíblica, no livro de Daniel, o rei Nabucodonosor vê em sonhos uma tremenda estátua em forma humana, composta de ouro, prata, bronze e ferro, como spés de ferro e barro. Subitamente, uma pedra surge, sem mão que a lance, embate violentamente nos pés da estátua, que se desfaz em pó levado pelo vento, enquanto a pedra se converte numa montanha que enche a terra inteira. Na tradição ocidental, com particular repercussão em Portugal - com várias interpretações em Camões, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva -, a estátua são os poderes político-civilizacionais e a pedra transformada em montanha é o reino da consciência divina chamado Quinto Império.
Cada vez mais sinto que Shambhala e Quinto Império dizem o mesmo e que todos e cada um de nós somos chamados a ser - Agora - a divina pedrada e o relâmpago que rasgue e ilumine toda a treva.
Preparemo-nos, porque É a Hora!
Nota: O título e a junção da epígrafe ao texto são da
responsabilidade do editor.
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