Luís Santos
FRONTEIRA. Uma simples linha branca que separa 2 Estados: pé
direito em Itália, pé esquerdo no Vaticano.
Domingo de Páscoa. Não fomos cumprir promessa, nem fomos em
peregrinação, mas assistimos às Comemorações na Praça de São Pedro.
E mais não disse... mas pressente-se: Partir desta forma, numa data destas, parece-nos uma boa escolha.
FLORENÇA
Como contar isto?
Regressámos lá
um antro de arte a céu aberto
infinita beleza
nas coisas mais simples
gelado e café
arquitetura, pintura, escultura
Miguel Ângelo, David, Pietá
Vénus,
o Amor
e vimo-La
em carne e osso,
deusa na terra nascida.
Receba as flores que lhe dou
ROMA, Para terminar a trilogia da viagem.
Sempre instigante a sua leitura de trás para a frente, como
se tivesse em si tudo e o seu contrário.
E, de facto, a capital do grande império, do "mar
nostrum", dos grandes exércitos, das hordas de escravos, do "dolce
far niente", Vénus, da beleza e do amor, dos divinos bacanais, do vinho,
do circo romano, do polegar do imperador. O espetáculo do sangue, do estalar
dos ossos, homens e animais, ao vivo e a cores.
Da região do Lácio, da última flor do lácio, Língua
Portuguesa, inculta e bela, Olavo Bilac, entre outras latinas, e muitas mais
latinas que ao mundo se haviam de dar.
Do cristianismo. Concílio de Niceia. Faz mil e setecentos
anos.Jubileu 2025.
Francisco.
Morrer assim, entre cristalinos valores, no curso do rio da
história, fraternidade e liberdade, em busca da paz, com o Coliseu nas costas,
acaba por dar mais dignidade ao projeto.
Portugal, etc.
No tempo longo tudo muda... muito. Embora, intrinsecamente, tudo permaneça, mais ou menos, na mesma. Como no ciclo da chuva. Natureza.
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