Partiu há pouco o meu querido
Ulisses, o animal com quem senti mais conexão dos muitos que se cruzaram comigo
nesta vida. Ensinou-me muitas coisas, sobretudo com a sua morte, que me deixou
o ser nu, lavado das muitas futilidades e distracções em que me tenho enredado.
Vejo-te, Ulisses, a regressares à Luz sem forma de onde tudo vem. E, agora que
não tens corpo, reconheço-te em todos os seres e coisas, em todo o lado. A
morte é um dos aspectos mais sagrados da vida, como fizeste sentir a mim e à
Daniela enquanto acompanhávamos a tua lenta, serena e silenciosa despedida. Que
as minhas orações e as de todos os amigos que se quiserem juntar a elas sejam
as asas que te levem mais lesto para o Infinito. Na tradição do Buda usamos o
mantra da compaixão - Om Mani Padme Hum - , mas todas as palavras e sons puros
são bem vindos para te acompanhar e a todos os seres que estão a fazer a mesma
Viagem. Sim, que contigo nos leves a todos para a Luz infinita! Que todos os
seres sejam livres e felizes, agora e sempre! Que todos despertemos deste sonho
de haver vida e morte!
E, por falar em partidas, foi adicionada uma música que é da responsabilidade do editor, aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MzGpYtR1v4U
Sem comentários:
Enviar um comentário