A CÉU ABERTO
Se indulgência ou ocaso no cerrar cortinas, o homem arrasta formalidades há muito implantadas; por vezes, procura genuína bondade para desculpar o importunamente censurável, condenando significância em troca da agradável natureza das coisas.
Creio, ser tremendamente poderosa a tarde despida das terríveis nuvens vigilantes! Ainda que persistam ocultos, laboriosos enredos, cerzidos por desmesura e remissão.
Creio que o Ser deve prosternar-se diante da Força sem medo nem humilhação, elevado a outro patamar.
Talvez acto de amor, Supremo; olhar nos olhos Imensidão, consciente arbítrio, muito para além do abraço temerário.
- Nem todo o beijo é um beijo. -
Retomemos esse acto.
Dois mundos, expansão ou subducção; - elixir e pedra, espagíria espiritual, - como água do mar nas fissuras da crosta oceânica quando reemerge tocada pelo magma.
Rendem-se corpos, cancela-se a carne putrefacta, pela natureza do espírito ciente da morte como panaceia universal.
Dois mundos, uma só alma, - parte e dispersa, como ademais a plateia, ao cair do pano.
Vida a céu aberto, matéria transformada.
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