“Nunca Embandeirando Em Arco Na Travessia Vai-E-Vem De Um Breve E Mental Deserto Renovado”
Escuso-me de embandeirar em arco
Recuso corruptelas e convites corruptíveis
Tenazmente luto contra a auto-teimosia
Baixo-me em absoluto abaixo de zero
Levanto-me para o topo do pleno nada
Permaneço agachado atrás da sarça-ardente
Mantenho-me dentro de uma moita desflorada
Foco-me em artimanhas sem qualquer arte
Remendo com pensos rápidos as mazelas cutâneas
Exponho a curvatura e as ossadas à vista
Desarmo-me de todos os logaritmos avulsos
Empenho-me em sair do breu e ficar ao léu
Perpetuo-me na eternidade em outros veículos
Nada sei por ora em que corpos viverei no advir
Quiçá serei então leão ou jibóia ou extraterreno
Deixar-me-ei levar pelas forças da atracção
Abraçarei sempre com agrado a gravidade
E tanto que voarei sempre que houver ocasião
Esmigalho as migalhas caídas no soalho
Migo o pão numa sopa de pedra granítica
Sonho com o Alentejo veicular da seiva sagrada…
Corro sanguíneo e fluido loucamente pelas areias de um renovado deserto temporário…
Escrito por Manuel (D’Angola) de Sousa, em Luanda, Angola, de 4 de Outubro de 2018, em Homenagem a todos Bebes e Recém-Nascidos Humanos e de todas as Espécies Animais e Vegetais do Planeta Terra, autentico limbo do desenvolvimento frágil da Vida, e a toda a Vida Universal, seja ela nos estados Físico ou Espirita ou em outro estado que desconheçamos ainda aqui na Terra!...
“À Minha Querida Prima mais pequena, a Alicinha, que hoje comemorou mais um Ano de Vida…”
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