Silencioso Indigo
Caminho na margem,
Vento canta nas ervas e nas asas,
Pássaros preparam a noite, aconchegando-se em chilreadas conversas.
O Sol encarnado funde-se no horizonte em tons violeta, laranja e rosa.
Nuvens de fogo esculpidas, iluminam fugazes o breu.
Sobre esta pureza ardente vagueio,
Por baixo e em cima de mim, o céu.
Entranha-se-me a quietude, quando o sol já oculto, revela reflexos e árvores no espelho líquido... silenciosas sombras longínquas.
Os céus índigos apartam a finitude.
Vejo todo o Universo... constelações, estrelas, cometas... super-novas...
A Lua brilhante, enfeitiçando as águas, iluminando o céu da alma.
Nos braços deste silêncio flutuo.
Até ao fim que não há, serei tudo.
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