Luís Santos
Estuário do rio Tejo, lugar de encontro entre águas doces e salgadas, movimento de maré, o Mar da Palha estende-se desde o mouchão de Alhandra, próximo de Alverca do Ribatejo, até Lisboa/Cacilhas e banha todos os concelhos da margem norte e sul, por onde o rio corre. Na foto, a praia do Moinho no Samouco, margem sul, mesmo ali ao pé donde sai a Ponte Vasco da Gama, capitão que mereceu a honraria, como é sabido, pela descoberta do caminho marítimo até à Índia, Índico que depois deu para o Tibete, para o Japão, e por aí a fora, Ilha de Moçambique, Madagáscar, Zanzibar, Seicheles...
Na enseada que o rio Tejo faz por aqui, círculo interior da margem sul, onde se situa também a base aérea nº6 do Montijo que, eventualmente, será substituída pelo novo aeroporto complementar ao de Lisboa... existem ainda amplas zonas naturais que são, entre outras coisas boas, lugar de moratória, nidificação e migração de dezenas de espécies de aves. Desde logo, os flamingos e as gaivotas, mas também as garças, brancas e cinzentas, os gaios, as gaivinas, os patos bravos, os maçaricos, os borrelhos, e um sem número de outras que nem lhes conhecemos os nomes. Uma questão real, pertinente e delicada, esta da possível coexistência num mesmo espaço de tantas aves e aviões.
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