Neste nobre estremenho lugar
Onde vêm as águas do Tejo
Trazidas pelo vaivém do mar
Existe uma pequena vila
Em si, tão só e
tranquila
Dando forma aos pensamentos
Desde o princípio dos tempos
Ao largo desta vila há uma
ilha
Que a voz mansa dessas águas
Chama de eterna maravilha,
Num momento mais insensato
Chamaram-lhe "Ilha do
Rato"
Mas nós, nos nossos sonhos a
cores
Chamamos de "Ilha dos
Amores"
Foi ela que em tempos de
outrora
Sussurrou aos ouvidos do rei
Que se tinha chegado a Hora,
Sentira curiosidade ao
pensar
Em quais os caminhos do mar,
E o Mestre de Avis, por
causa de Dinis
Lá foi fazer o que ela quis
E à nossa ilha em homenagem
Camões escreveu um canto
Deixou Pessoa uma mensagem,
E um dia através dela, por
certo,
Se há-de revelar o Encoberto
Como nos contou com carinho
O bom amigo Agostinho
Esta ilha tem uma vila
E esta vila tem um grupo
Que vai em direção ao
Absoluto,
Ela em si lá vai estando
Os amigos a vão
rendilhando
E quem distraído passa
Nem vê que ela está cheia de graça
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