Uma Revista que se pretende livre, tendo até a liberdade de o não ser. Livre na divisa, imprevisível na senha. Este "Estudo Geral", também virado à participação local, lembra a fundação do "Estudo Geral" em Portugal, lá longe no ido século XIII, por D. Dinis, "o plantador das naus a haver", como lhe chama Fernando Pessoa em "Mensagem". Coordenação de Edição: Luís Santos.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Lusofonia em Debate
A Lusofonia é impensável sem África e apoia-se numa língua comum mas com diferentes estatutos sociais segundo os países (língua materna, segunda ou estrangeira). Um desafio e uma mais valia, porque pode desenhar uma identidade originária dos cruzamentos de múltiplas outras identidades, e então, pelo reforço dos laços humanos e seus efeitos econômicos gradualmente induzidos, ser um fator de democracia num mundo cada vez mais unipolar.
Vivemos de necessidades e de produtos desnecessários. Fere mais pensar do que trabalhar! Como consequência temos uma política do ativismo que segue atrás da banalidade e dos ventos do oportuno ocasional. Como consequência temos uma crise a nível econômico, político e cultural.
É verdade que o mundo estabelecido vive de preconceitos. Contudo, acreditamos na cultura como forma de vencermos a injustiça e despertarmos consciências.
Os amigos do “Dialogos_Lusofonos” podem parecer de brandos costumes, mas temos um papel importante na luta por uma sociedade mais justa e mais respeitadora da multiculturalidade.A lusofonia pode ser tudo isso e é tudo isso. Por este motivo é temida pelos tais cuja ganância continua desregrada.
A lusofonia coerente e coesa é uma força de resistência às ameaças. O exercício de convívio com os povos ou entre povos nos ensina e nos fortalece.Somos processo e quantos mais estiverem envolvidos nele os integrantes do espaço lusofono, quanto mais nos ouvirmos uns aos outros, mais humanos somos.
O mundo que fala português ou crioulos de base portuguesa, como os cabo- verdianos,portugueses, brasileiros, sao-tomenses, angolanos, moçambicanos, timorenses, goeses e gente de Damão, guineenses, galegos, povo de Malaca e Macau, constitui uma grande família a nível das identidades próximas. Num tempo em que se procura destruir a família natural, devemos fazer tudo por tudo para que esta seja enobrecida e ajudada. Ao fazê-lo estamos a fomentar o espírito da lusofonia, uma expressão extraterritorial e como tal universal, a construir futuro, a construir humanidade, independentemente de mentalidades, cor e opção pessoal!
Num número recente da revista Latitudes. Cahiers Lusophones, editado em Paris, o seu diretor Daniel Lacerda, no artigo intitulado "Lusofonia Teoria e Prática" propõe o conceito nestes termos:
”Para nós, a lusofonia é um espaço de partilha e de reagrupamento de iniciativas em busca das nossas raízes, na expressão da nossa diferença e onde cada qual pode afirmar a sua personalidade e os seus valores. Manifesta-se na prática cultural, artística e literária, numa base de tolerância, de bom entendimento e sem preocupações de competição, em fraternidade livre e desinteressada à volta de valores artísticos e culturais. Será mais ou menos isto, tanto quanto entendemos."
E pode ser mais, se os interessados estiverem de acordo. E sobretudo se deixarem de apenas “falar”. Em português naturalmente.A ação é urgente.
Aprendemos juntos. No dia em que deixarmos de aprender morremos individualmente e como povos!
Margarida Castro,
E-mail: raizes75@gmail.com
09.02.2010
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1 comentário:
Hoje, Por imposições internacionais de finanças duvidosas. A lusofonia está manietada pelas fronteiras das comerciais especulações. As quais, ao seu jugo, vão formatando desenraizadas culturas, divulgadas em literaturas estudadas e preparadas ao desenvolvimento dos especulativos sistemas políticos. Que como nunca, permitem a exploração do mais fraco.
A FORÇA É DIVINA
Em ondas brancas e mareantes.
Que no longínquo se formam ondulantes
A convidar os navegantes.
Zarpam os lusitanos argonautas.
Ao som de melodiosas flautas.
No azul do Céu, os anjos.
E todos os arcanjos.
Vigiam as caravelas
Com a Cruz de Cristo em suas velas.
E mais alto, no azul das Divindades.
As Celestiais Santidades.
Abençoam o Luso empreendimento.
De dar do mundo cabal conhecimento.
Homens, velas e os elementos.
Quantos tormentos.
Cerúleo de azul calmaria.
Ó Virgem Maria.
Sopra à vela alguma ventania.
Que a bom rumo seja capitania.
Céu de argênteo tenebroso.
Mar alteroso.
Mas no topo da mastreação
Que irá alargar a Lusa Nação.
Formas Divinas continuam em aclamação.
Ajudando e apoiando a Lusa navegação.
Sobre o manto desta Divindade, as Lusas caravelas sulcam os mares.
Na construção de dar ao mundo melhores altares.
Eduardo Dinis Henriques
Em português os meus respeitosos cumprimentos
http://muitopioresqueosfilipes.blogspot.com
Eduardo
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