Dias sem história e com um mergulho em alto mar, só para ver peixinhos de aquário ao natural.
E o silêncio de uma ilha com praia de postal.
Vimos um espectáculo de golfinhos em ambiente natural, num dos canais que os aglomerados de mangue fazem.
De resto as noites, cheias de calor e abraços.
Naipaul, em “A Curva do Rio”, fala-nos da sorte de África pós-independências que nada mais soube fazer que sugar o pouco de energias criativas que lhe ficaram do passado colonial.
Sem esperança que não a certeza de saber que entre duas matanças há sempre um tempo para repor a comida sobre a mesa e os telhados sobre as paredes.
Um mestre, só um mestre consegue falar de um país, simbolizado continente, materializado povo, ao ritmo das histórias de vida de um sujeito e daqueles que mais directamente com ele privaram.
Obra-prima!
Bolas! Nunca consigo dormir no avião.
Algures sobre o Atlântico
04/04/2004
CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Naipaul, V. S., A CURVA DO RIO, D. Quixote, Lisboa, 2003
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