terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O DIÁRIO DA MATILDE - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

Este diário anda mesmo em bolandas.
As obras assim o obrigam e para nossa infelicidade estão a demorar muito mais do que imaginaríamos e a causar um incómodo que não esperávamos.
Mas não temos alternativa e se queremos uma casa melhor temos que nos sujeitar aos momentos mais difíceis.

No fim logo teremos tempo para nos contentarmos e gozarmos um apartamento que responderá a todas as nossas necessidades.
Seja como for, quando lá chegarmos contarei.



O exército e a aviação de Israel fustigaram cidades na fronteira com o Egipto, destruindo casas e matando mais de uma dezena de palestinianos, incluindo jovens e crianças.

A Amnistia Internacional fala de castigo sobre a população e adjectiva como crime de guerra.
Mas ninguém fala nos grupos terroristas que usam as zonas habitadas e as gentes aí residentes como escudos para as suas actividades criminosas.
A isso chamam os episódios da luta de libertação, escondendo as flagelações provocadas nos civis israelitas pelos ataques de suicidas.

A hipocrisia de muito boa esquerda europeia é de bradar aos céus.


E o Bloco de Esquerda vem dizer que uma grande derrota da coligação nas próximas europeias deve implicar a retirada da GNR do Iraque.

Falta saber o que é uma grande derrota.



E se ontem os alunos fizeram exercícios em torno da nova palavra aprendida, hoje deram o número dezasseis.


A Matilde queria telefonar à mãe para lhe dar essa novidade.



Maio floresceu e amarelou o cume das ervas que vão altas.
O entardecer com a tagarelice dos pássaros que as janelas escancaradas deixam ouvir.


 Alhos Vedros
  18/05/2004

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