segunda-feira, 6 de agosto de 2018

REAL... IRREAL... SURREAL... (315)

Marilyn, Andy Warhol


A descoberta da Pop Art 
Andy Warhol, nasceu em Pittsburgh a 6 de agosto de 1928 e morreu em Nova Iorque a 22 de fevereiro de 1987.
Foi em 1960 que Andy Warhol, um extraordinário artista e criativo americano, ficou enfeitiçado pela Pop Art. É quase difícil de acreditar que o movimento Pop Art já existia antes de Warhol se envolver nele: começou em meados dos anos 50 na Grã-Bretanha. E, de certa forma, é também bizarro pensar que Warhol já era um artista antes dos seus trabalhos de Pop Art. Na verdade, durante os anos 50, Warhol era um ilustrador comercial muito bem-sucedido, para marcas como Tiffany & Co e as revistas Vogue e Glamour. Porém, este artista e este movimento de arte definem-se mutuamente. Até hoje, Warhol e a Pop Art são talvez sinónimos um do outro.
Em 1962, Warhol ficou extremamente entusiasmado com a serigrafia fotográfica. Foi esta técnica que mais tarde se tornou no estilo marcante de Warhol: era simples, rápida e ele conseguia introduzir pequenas modificações na mesma foto inúmeras vezes. É difícil imaginar, mas foi pura coincidência que Warhol tenha decidido retratar Marilyn Monroe  numa das suas primeiras, e sem dúvida nenhuma das mais famosas, obras de Pop Art. Ela acabaria por se suicidar nesse mesmo mês e o seu bonito rosto, bem como a sua fama, pareciam ser uma excelente base para as suas repetitivas obras impressas que faziam lembrar um desenho animado. E ele tinha razão sobre isto!
A fotografia que Warhol selecionou era uma fotografia publicitária do filme de 1953 “Nigéria”, em que Marilyn tinha participado anteriormente. Ele criou inúmeras obras de Pop Art de Monroe utilizando esta imagem, incluindo o “Marilyn Diptych”, que é agora considerado um dos trabalhos mais influentes do mundo de arte moderna. Em vez de desenhar ou pintar o rosto de Monroe, Warhol escolheu uma foto que já existia e que quase ninguém iria reconhecer. Mas por que escolheu Monroe? Marilyn simboliza o estatuto de celebridade e a noção de ser um “sex symbol”. Incluir pessoas famosas na sua Pop Art tornou-se uma das características que definiram este movimento ao longo dos anos 60: é um comentário irónico sobre a obsessão dos meios de comunicação com as celebridades.

in. catawiki

Selecção de António Tapadinhas

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