A MATILDE GOSTA DE FUTEBOL
Por incrível que pareça, a Matilde gosta de futebol do qual já conhece algumas regras e compreende o objectivo.
Ainda esta manhã, quando cheguei à porta da escola, como é habitual, para a esperar e junto rumarmos ao sempre animado almoço, lá estava ela, toda sorrisos e brilhos no olhar, gozando as delícias do segundo recreio em que, para surpresa minha, foi convidada para participar num jogo de futebol com os colegas. E eu não consegui deixar de rir quando a vi fazer um lançamento lateral com a máxima das correcções e, mais adiante, num lance corrido em que ela desarmou um miúdo com um pontapé certeiro na bola.
Eu sei que este passatempo não é raro nos recreios do meu pardalito. Mas ainda não tinha visto a habilidade da garota.
Pois é devido a esta preferência que hoje pouco mais tenho a dizer.
Dia absorvente, depois de ontem ter perdido quatro horas numa reunião que terminou com a marcação de uma segunda ronda, mal tive tempo para apreciar o brilho das cores das árvores e do céu de nuvens rolantes que jornais, notícias ou conversetas de café, nem espaço tiveram para surgir na agenda.
Chegado a casa, ocupei-me com a promessa de organizar um joguinho de futebol com bonecos que me fez delirar ao longo da idade dos calções.
Será que vou transmitir este legado a esta minha filha?
Seria uma curiosidade engraçada.
Mas a verdade é que passei toda a noite a reunir potenciais jogadores que dividi, de acordo com as diferentes colorações, em mais de uma dezena de equipas.
E agora já passa da meia-noite.
Basicamente, a aula desta manhã repetiu a de ontem; nos exercícios da escrita, teve de diferente o treino das sílabas.
Bem, amanhã será um dia longo.
Alhos Vedros
12/05/2004
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