Ontem, dia em que os alunos aprenderam o número quinze sobre o qual fizeram exercícios e fichas, com contas e cópias e jogos de conjuntos, o pai e a mãe tiveram uma noite de namorico e foram ao teatro.
É assim, pais felizes e satisfeitos educam melhor os filhos.
Vimos uma peça, “Intimidade Indecente”, com dois actores brasileiros que, na hora e meia que estiveram em palco, conseguiram criar um ritmo agradável e uma fluência no diálogo que nos prenderam a atenção para um texto claramente escutado e que, num misto de humor com dramáticos momentos de tristeza, nos convida a pensar na complexidade dessa tarefa sem livro de instruções que é criar uma vida a dois e, com ela, uma família.
Foi um belo serão que passamos na companhia da Teresa e do João que festejavam o aniversário dela.
E a noite de Primavera que convidava ao passeio.
Hoje os alunos, para além das aulas de música e de educação moral e religiosa, aprenderam a palavra girafa, em função da qual trouxeram trabalho para casa.
Nota negativa foi a indisposição da Tia Engrácia que a empurrou para o hospital onde teve que fazer exames e análises.
Tudo indica que se trata de um nervo doente.
Vamos todos torcer para que a tia melhore pelo que, para já, vamos levá-la a especialistas que lhe encontrem um paliativo.
Continua o ruído em torno da tortura de presos iraquianos que, moral e eticamente, é inaceitável.
Mas não podemos fazer disso a prova de que os aliados são simples agressores e muito menos deixar que isso esconda a importância desta batalha que no Iraque se trava contra o terrorismo da Al-Qaeda e afins.
A equivalência que se pretende criar, a partir daí, entre o exército norte-americano e os serviços policiais do anterior regime de Saddam Hussein ou de outros totalitarismos, é pura e simplesmente desonestidade intelectual.
A noite repete-se com o ameno de uma brisa que, de tão leve, deixa as folhas das árvores em silêncio.
Os grilos regressaram em força, cheios de conversas ruidosas.
Alhos Vedros
14/05/2004
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