terça-feira, 9 de julho de 2019

O DIÁRIO DA MATILDE - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

Ontem foi a reunião relativa à avaliação final do ano para a Matilde. 


Bem, a avaliação da Professora é francamente positiva. 

Senhora dos seus cinquenta anos de idade e com perto de três dezenas de trabalho, tem o traquejo necessário para saber conquistar e cativar os alunos, o que evita os dissabores que os mais mal comportados poderiam causar à classe, com os correspondentes atrasos na explicação e aprendizagem. 
Não é pois de estranhar que não hajam razões de queixa a esse nível e que a Mestra tenha dito que a turma não teve grandes problemas e trabalhou como deve ser, conseguindo resultados interessantes e mais ou menos equitativos quanto às competências adquiridas. 
É que para além da experiência, a Professora domina a necessária aparelhagem pedagógica para fazer os meninos entenderem o conteúdo das lições e aprenderem o que é devido. 

E a verdade é que naturalmente uns melhor que outros, todos são já capazes de ler e escrever razoavelmente bem e fazer pequenas contas de somar e subtrair. 

Também a minha querida filha mais nova teve assim sorte com aquela que lhe vai ensinar as letras até à quarta classe e tudo indica que, à semelhança do que já aconteceu com a Margarida, uma vez mais poderemos estar tranquilos. 


Escusado será dizer que o pardalito passou, aliás, passaram todos os alunos. 

Mas a informação final deixou os pais cheios de orgulho. 


Com a excepção dos parâmetros relativos ao domínio dos números e das operações com os mesmos, nomeadamente o cálculo mental em que teve muito bom, a Matoldas teve a classificação de bom nos restantes e revela claramente um comportamento e atitudes adequadas perante o trabalho. 

A aluna atingiu os objectivos propostos embora tenha recebido a indicação que deverá treinar durante as férias, para apurar a letra. 


E agora, ainda que tenha trabalhos para fazer, é brincar até Setembro. 

Vivam as Férias! 



Os pais é que tiveram uma folga, esta tarde, pois as irmãs foram para a festa de anos do Rui, um colega de turma da Margarida. 


Aproveitámos para ver um filme lyncheniano, “O Despertar da Mente” que, apesar de estranho, não deixou de ser uma surpresa agradável. 

Depois fizemos o lanche ajantarado na esplanada da Júlia e quando as fui buscar à hora aprazada, fiquei a saber que ainda ficariam para jantar e cantar os parabéns. 



A Feira do Livro tem vindo a empobrecer nestas últimas edições. 
Se no ano passado ainda me aviei, neste que é o da trigésima terceira realização consecutiva – é obra – não fui além da aquisição de dois livros. 


E no entanto este é, pela sua natureza, o mais importante acontecimento cultural de Alhos Vedros e até do concelho. 

Mas há qualquer coisa que falta para que o evento se faça uma grande semana de cultura capaz de atrair público das vilas e freguesias vizinhas, com isso correndo o risco de vir a definhar. 

É pena, pois foi aquela uma verdadeira conquista da sociedade civil, num tempo em que o livro era uma arma subversiva na luta contra a ignorância em que o poder de então gostava de ver o povo. Mas com a experiência de tantos anos, também já aprendemos que podem haver anos menos bons, seguindo-se outros melhores, por vezes períodos muito melhores. Esse é alimento do desejo para que assim volte a ser. 



As noites refrescaram, ainda assim é tão agradável estar de pernas esticadas ao sabor da brisa. 


 Alhos Vedros 
  03/07/2004

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