terça-feira, 31 de março de 2020

O DIÁRIO DA MATILDE - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

O REQUIEM DE MOZART

Sítios de interesse na cidade. 


Pelas vistas, indubitavelmente o castelo, para o qual se pode subir por um funicular moderno e rápido. 

Dali temos aquelas paisagens em que o azul e o verde se abraçam na curvatura dos montes que envolvem a cidade, ao longo da qual se encurva a rápida torrente do rio. 

Mas o próprio edifício multi-secular da cidadela vale bem o passeio e ali podemos encontrar um museu de marionetas que faz jus à fama do teatro do género que ali se representa há vários séculos. 

Na descida de regresso ao centro, saímos por um museu da água em miniatura em que obtemos informação sobre as formas como a população tem explorado um tal recurso e ainda sobre as dez espécies, entre peixes e crustáceos que povoam os rios e os lagos da região. 


E não é que dali entrei num cemitério antigo que envolve a igreja de São Pedro que em boa verdade merece uma visita, quer pelo interesse do local, quer pela serenidade que brota do ajardinamento em que as campas estão dispostas? 


O Museu de Mozart, como não podia deixar de ser e uma das casas em que ele viveu com os seus pais. 


Mas também a expressão da arte contemporânea na cidade que foi gabada por Humbolt e pintada por inúmeros artistas. 


E os acontecimentos que são da melhor qualidade. 

“Benedictus qui venit in nomini Domini.” 

O Requiem, de Mozart, na Dom, pela orquestra e o grande coro locais, o diamante desta viagem. 

Não há palavras que descrevam um espírito quando voa e ainda agora que garatujo estas notas numa velha cervejaria, me parece estar a flutuar na sonoridade mágica da catedral. 

É difícil assistirmos a momentos tão belos e grandiosos como este. 



Curiosidades civilizacionais. 
Muitos dos músicos, com os instrumentos devidamente transportados nas respectivas caixas, saíram do local e seguiram para casa nas suas bicicletas. 



Creio que hoje só me resta dormir. 


 Salzburgo 
04/09/2004

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