Abdul Cadre
O Caos informe das opiniões e fantasias individuais que condiciona e conforma todo o pensamento moderno, a que não escapam as escolas esotéricas nem o grosso dos seus seguidores, tem dois significados: anuncia que há um tempo que se está a esgotar, o que quer dizer que, simultaneamente, um outro se organiza. Como nem eu nem ninguém está separado neste tempo e neste lugar por muros intransponíveis da cidade e do mundo, também em nós habita o caos, por mais que desejemos que dele surja uma estrela dançante.
Neste momento, embaraçamo-nos com o nosso caos particular — e Caos significa desordem — e esta minha tentativa de Cosmos (que quer dizer Ordem) deve entender-se apenas como intróito ao que devia ter sido e ainda não é. Pode até chamar-se-lhe cosmética.
Considerem-se aqui vertidos os princípios e ideais humanistas dos martinistas do século passado, em especial na feliz trilogia de Liberdade, Igualdade e Fraternidade e tome-se por legenda que só há uma religião: a Verdade. Assim sendo, baseemos este estudo introdutório à Teocracia e à Sinarquia, no critério da Verdade, sob três aspectos:
- Na Acção
- Na Reflexão e
- No Sentir.
Entendamos também, seguindo os ensinamentos dos filósofos humanistas por nós mais acarinhados que toda a nossa vivência neste planeta depende de três ordens sagradas do conhecimento:
- A Política
- A Ciência
- A Religião
Pensemos também que o Homem vive do que não sabe, mas tem o desejo profundo de saber por que vive, confrontando-se neste tempo e neste lugar com três estímulos de ascensão e descoberta:
- O Enigma
- O Segredo e
- O Mistério
Entenda-se o Enigma como o corolário de todos os problemas que a vivência em sociedade coloca, cuja acção se centra no governo da Polis, isto é, na POLÍTICA; entenda-se o Segredo como o conjunto de desafios que a Natureza coloca a cada um de nós e à humanidade no seu conjunto e que são reflectidos na CIÊNCIA e entenda-se o Mistério como o desafio de Deus, induzido nos sentidos que estão para além da carne, que produzem perguntas geradas na espiritualidade e respostas através da RELIGIÃO.
O ENIGMA pede o critério da Verdade na Acção, o SEGREDO pede o critério da Verdade na Reflexão e o MISTÉRIO pede o critério da Verdade no Sentir, entendido este como uma forma superior de pensar (Vide F. Pessoa), aquela que nos abre o Portal de Acesso aos três Planos da Auto-realização, que serão:
- Da Acção Mágica
- Da Intuição Poética/Profética
- Da Inteligência Pura
A Acção Mágica conduz-nos à Ciência, a Intuição Poética à Política e a Inteligência Pura à Religião. Eis que as grandes divisões do Conhecimento Humano se podem estabelecer como POLÍTICA, CIÊNCIA e RELIGIÃO.
Com todo este triangular, não se perca de vista que tudo está em tudo, nem se tomem as divisões propostas como saberes definitivos, mas apenas como codificações para simplificar algumas ideias de base. Sobretudo, não se limite o conceito POLÍTICA à profissão dos políticos no mundo moderno, nem se ergam aqui os preconceitos do falar comum, que assentam no pensamento irreflectido, quando o que pretendemos é apelar às formas reflectidas e meditadas da coluna da direita. (Ver gráfico)
Convém que se diga que o homem comum julga que age, só porque se movimenta, quando mais não faz do que reagir, sendo que a reacção embota a reflexão e acrescente-se que, ao dizermos atrás que o homem usa três estímulos de ascensão, implica que haverá também de estagnação, ou mesmo de retrocesso. Assim é, mas entenda-se que o critério do Bem prevalece, ou dito de outra forma, o mal é uma luz menor, pelo que os princípios involutivos podem ser usados, por sublimação, no sentido ascensional. Ver, por exemplo, em Fernando Pessoa a questão de vencer a carne, o mundo e o diabo, e prossigamos por onde íamos.
Sendo então que a Política é tudo o que respeita à solução do Enigma de «sermos um com todos» e que ela visa o governo da Polis, então se poderá dizer com Agostinho da Silva que tem de responder a três «esses»:
1º «esse» - o anseio do SUSTENTO
2º «esse» - o anseio de SABER
3º «esse» - o anseio de SAÚDE.
O Caos informe das opiniões e fantasias individuais que condiciona e conforma todo o pensamento moderno, a que não escapam as escolas esotéricas nem o grosso dos seus seguidores, tem dois significados: anuncia que há um tempo que se está a esgotar, o que quer dizer que, simultaneamente, um outro se organiza. Como nem eu nem ninguém está separado neste tempo e neste lugar por muros intransponíveis da cidade e do mundo, também em nós habita o caos, por mais que desejemos que dele surja uma estrela dançante.
Neste momento, embaraçamo-nos com o nosso caos particular — e Caos significa desordem — e esta minha tentativa de Cosmos (que quer dizer Ordem) deve entender-se apenas como intróito ao que devia ter sido e ainda não é. Pode até chamar-se-lhe cosmética.
Considerem-se aqui vertidos os princípios e ideais humanistas dos martinistas do século passado, em especial na feliz trilogia de Liberdade, Igualdade e Fraternidade e tome-se por legenda que só há uma religião: a Verdade. Assim sendo, baseemos este estudo introdutório à Teocracia e à Sinarquia, no critério da Verdade, sob três aspectos:
- Na Acção
- Na Reflexão e
- No Sentir.
Entendamos também, seguindo os ensinamentos dos filósofos humanistas por nós mais acarinhados que toda a nossa vivência neste planeta depende de três ordens sagradas do conhecimento:
- A Política
- A Ciência
- A Religião
Pensemos também que o Homem vive do que não sabe, mas tem o desejo profundo de saber por que vive, confrontando-se neste tempo e neste lugar com três estímulos de ascensão e descoberta:
- O Enigma
- O Segredo e
- O Mistério
Entenda-se o Enigma como o corolário de todos os problemas que a vivência em sociedade coloca, cuja acção se centra no governo da Polis, isto é, na POLÍTICA; entenda-se o Segredo como o conjunto de desafios que a Natureza coloca a cada um de nós e à humanidade no seu conjunto e que são reflectidos na CIÊNCIA e entenda-se o Mistério como o desafio de Deus, induzido nos sentidos que estão para além da carne, que produzem perguntas geradas na espiritualidade e respostas através da RELIGIÃO.
O ENIGMA pede o critério da Verdade na Acção, o SEGREDO pede o critério da Verdade na Reflexão e o MISTÉRIO pede o critério da Verdade no Sentir, entendido este como uma forma superior de pensar (Vide F. Pessoa), aquela que nos abre o Portal de Acesso aos três Planos da Auto-realização, que serão:
- Da Acção Mágica
- Da Intuição Poética/Profética
- Da Inteligência Pura
A Acção Mágica conduz-nos à Ciência, a Intuição Poética à Política e a Inteligência Pura à Religião. Eis que as grandes divisões do Conhecimento Humano se podem estabelecer como POLÍTICA, CIÊNCIA e RELIGIÃO.
Com todo este triangular, não se perca de vista que tudo está em tudo, nem se tomem as divisões propostas como saberes definitivos, mas apenas como codificações para simplificar algumas ideias de base. Sobretudo, não se limite o conceito POLÍTICA à profissão dos políticos no mundo moderno, nem se ergam aqui os preconceitos do falar comum, que assentam no pensamento irreflectido, quando o que pretendemos é apelar às formas reflectidas e meditadas da coluna da direita. (Ver gráfico)
Convém que se diga que o homem comum julga que age, só porque se movimenta, quando mais não faz do que reagir, sendo que a reacção embota a reflexão e acrescente-se que, ao dizermos atrás que o homem usa três estímulos de ascensão, implica que haverá também de estagnação, ou mesmo de retrocesso. Assim é, mas entenda-se que o critério do Bem prevalece, ou dito de outra forma, o mal é uma luz menor, pelo que os princípios involutivos podem ser usados, por sublimação, no sentido ascensional. Ver, por exemplo, em Fernando Pessoa a questão de vencer a carne, o mundo e o diabo, e prossigamos por onde íamos.
Sendo então que a Política é tudo o que respeita à solução do Enigma de «sermos um com todos» e que ela visa o governo da Polis, então se poderá dizer com Agostinho da Silva que tem de responder a três «esses»:
1º «esse» - o anseio do SUSTENTO
2º «esse» - o anseio de SABER
3º «esse» - o anseio de SAÚDE.
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