Sobre esta tela, um meu amigo, disse-me que gostava de toda a composição, que tinha muita vida, mas que não gostava do destaque da casa amarela: sentia que era demasiado agressiva. Respondi-lhe que era esse exactamente o objectivo que pretendia: a casa estava colocada na zona da tela a que os clássicos chamam de secção de ouro, para favorecer no quadro o seu aspecto tridimensional ou a sua profundidade: há casas que nos parecem mais próximas e outras mais afastadas, embora saibamos da bidimensionalidade da tela.
O azul forte do céu e do rio, contrasta com o quase monocromatismo que utilizei, deliberadamente, para destacar as janelas que povoam todo o conjunto, sugerindo pessoas que apenas se adivinham, se sentem...
Termino com o “pedido de desculpas” do meu amigo. Quando visitou o Porto, passou na Ribeira e viu ao vivo a Casa Amarela: Estava lá, onde eu a tinha pintado e destacava-se de todo o conjunto, pela sua vibrante cor!
3 comentários:
Amigo António, viva!!!
Por aqui se conclui que Casas Amarelas há muitas e em vários lugares mantendo em comum o facto de se destacarem pela sua diferença e beleza.
Quero com isto dizer que o quadro consegue eternizar este registo com distinção.
É um belo quadro sem dúvida que decerto ficaria bem na sala de estar ou no hall de qualquer casa.
Abraço.
Manuel João Croca
MJC: Agradeço a tua apreciação.
Este quadro é dos tais que não sei onde está.
Espero que esteja num bom local, a espalhar boas vibrações...
Abraço,
António
António, muito bom dia.
Eu, que pouco entendo (talvez nada) de 'pintura', fui tocado pela 'alma' desta tua tela!
Corrige-me, por favor, pois talvez eu esteja errado...
Será que existe 'alma' num quadro?
Que significado(s) pode(m) ter para ti uma(s) tela(s) em branco?
Aqule abraço.
FJNS
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