terça-feira, 3 de abril de 2018

O DIÁRIO DA MATILDE - O MEU PRIMEIRO ANO DE VIDA

A guerra dos aliados ao terrorismo da Al-Qaeda e afins sofreu um rude golpe no plano da defesa da causa junto da opinião pública, com o descrédito em que caíram os governos dos Estados Unidos da América e do Reino Unido em torno das armas de destruição massiva que nunca foram encontradas. 

Não se faz boa política com base em mentiras e muitíssimo menos em democracia. 
E o que é de lamentar é que são as democracias que perdem por uma tal situação que põe em risco o sucesso da alteração do regime no Iraque e, com ela, igualmente do equilíbrio geo-estratégico naquela região do globo, com isso abrindo as portas para um acordo de paz justo entre israelitas e palestinianos que permita a concretização de um estado viável para estes mas, ao mesmo tempo, pacífico e empenhado numa cooperação entre aquelas populações. 
Não por acaso, a escalada neste conflito em particular é uma promessa para os próximos dias. 

Pessoalmente nunca dei muita importância às tais armas de destruição em massa e sempre vi a guerra sobre o regime de Saddam como uma inevitabilidade na medida em que este, por um lado, jamais abandonaria o poder por si, ao mesmo tempo que não existiam grandes possibilidades endógenas de pôr fim ao domínio do Partido Baas, pelo menos nos tempos mais próximos e, por outro lado, a paz na palestina seria inviável com um tal apoio ao terrorismo palestiniano. 
É claro que nunca houve qualquer ligação directa entre a Al-Qaeda e o regime baasista iraquiano; mas há com o conflito israelo-árabe que é a grande causa internacional que, aos olhos dos próprios terroristas, justifica todo o terror que desenvolvem e praticam. 
Há outros conflitos que poderiam tomar o pódio se aquele se resolvesse a bem; a Tchetchénia e os Balcãs, são exemplos pertinentes. Mas por ora é ali que está a bandeira e a derrota dos homens de Bin Laden, em primeiro lugar, passa pela paz entre israelitas e palestinianos e por uma Palestina independente, viável, pacífica e próspera. 

Será isto uma utopia? 

Pois foi sobre isso que a desastrada forma como os norte-americanos e ingleses lidaram com as razões para a guerra sobre o Iraque de Saddam veio a fazer descer um manto negro. 



E em Moçambique há tráfico de pessoas. 



Hoje os alunos continuaram o estudo do meio e receberam a visita de técnicos camarários que lhes falaram sobre o ambiente da terra em que vivem e distribuíram um pequeno inquérito sobre o que está bem e o que está mal na Vila, bem como aquilo que poderia melhorar. 



Andamos tão cansados. 


 Alhos Vedros 
  23/03/2004

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