Hoje os alunos deram uma palavra nova, escada.
E eu quero apenas registar mais um dado.
Em Lisboa, o executivo camarário deu o aval a uma casa de Eça de Queiroz onde ele nunca esteve, para ali nada colocar do escritor, cujo espólio se perdera num naufrágio, tão só tendo em vista a realização de colóquios e palestras sobre o Autor e a sua obra. (1)
É claro que o erário público pagou a aquisição do imóvel, logo um hotel cujo nome – olhem que pormenor edificante – é o mesmo daquele que se cita em “Os Maias”, por exemplo e que também terá servido para alguns encontros dos “Vencidos da Vida.”
Como é igualmente compreensível, há também o vínculo laboral de uma senhora doutora que assume a directoria do projecto que, naturalmente, tem verba orçamentada.
Estou certo que se trata de mais uma pérola cultural da cidade.
Teremos romaria de turistas e o panorama editorial verá um acréscimo de publicações que, por sua vez, traduzirão o torrencial investigativo que seguramente irá acontecer nos domínios da literatura queirosiana em particular e da língua e cultura portuguesa, em geral.
É a grande visão política e cultural do Dr. Santana Lopes a funcionar em pleno.
Neste princípio de Primavera, aos dias de Sol têm-se seguido as noites frias.
Alhos Vedros
24/03/2004
NOTA
NOTA
(1) Mónica, Maria Filomena, UMA CASA VAZIA PARA EÇA DE QUEIROZ, p. 5
CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Mónica, Maria Filomena, UMA CASA VAZIA PARA EÇA DE QUEIROZ, In “Público”, nº. 5114, de 24/03/2004
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