25 / 2014
ACERCA
DA ÁGUA E DAS FONTES
Em
mais um regresso ao berço, algo fermenta na noite por entre o escuro do
montado, as silhuetas das árvores, o hálito doce do pasto maduro e a lua cheia
espargindo-se naquela sua luz tão reconhecível.
Chega-se
e lá está a casa, fechada.
Só
a casa sem qualquer presença humana mas, algo se afirma ainda e remexe.
Identifica-se
na sensação de embalo, no algo que se conhece por dentro, nas memórias que se
guardam.
As
coisas que se sentem e se sabem, mais as que se sabem mesmo sem se sentirem e tudo
o resto que se sente mas não se sabe.
Manuel João Croca
Fotografia de José Augusto Do Nascimento
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