domingo, 13 de julho de 2014



 
25 / 2014
 
ACERCA DA ÁGUA E DAS FONTES
Em mais um regresso ao berço, algo fermenta na noite por entre o escuro do montado, as silhuetas das árvores, o hálito doce do pasto maduro e a lua cheia espargindo-se naquela sua luz tão reconhecível.
Chega-se e lá está a casa, fechada.
Só a casa sem qualquer presença humana mas, algo se afirma ainda e remexe.
Identifica-se na sensação de embalo, no algo que se conhece por dentro, nas memórias que se guardam.
As coisas que se sentem e se sabem, mais as que se sabem mesmo sem se sentirem e tudo o resto que se sente mas não se sabe.
 
Manuel João Croca
 
 
Fotografia de José Augusto Do Nascimento


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