E pronto, este que foi um diário anunciado está a chegar ao fim. Ainda não sabemos quando será o início do novo ano lectivo mas, seguramente, tal sucederá na próxima ou na semana seguinte, pelo que estas páginas estarão em vésperas de encerramento e com elas me despedirei desta minha experiência por este género. Como não conto vir a ter um terceiro filho, condição em que só por razões de força maior não repetiria a gracinha, dificilmente encontrarei motivo para voltar a escrever qualquer trabalho neste domínio. Será pois este um volume de adeus, com o qual porei um ponto final neste capítulo da minha obra literária.
Com os quatro livros e oito volumes que produzi tendo como objecto estruturante as vidas das minhas filhas, considero que elaborei um conjunto coerente e harmonioso que, para além da originalidade que, por si, justifica literariamente a sua existência, tem ainda o interesse adicional de registar os tempos que passam num quarteto de ocasiões que se intercalam por um período total de dez anos e meio.
Assim, creio sem qualquer constrangimento que posso tomar esta tetralogia como uma peça suficiente para representar um projecto completo no âmbito da diarística. Em conformidade, em tal quadrante, a mais não me sinto obrigado.
Igualmente concluo as “Histórias da Terra Encantada” que se repetiram pelas seis parcelas dos livros relativos ao princípio da escolaridade e que mais não são que uma pequena colectânea que marca a minha passagem pela divulgação científica para os mais novinhos, à qual, naturalmente, não voltarei. Sem embargo, no contexto destes diários e como sua parte integrante e estruturante, são aquelas o complemento pela minha deambulação pela chamada literatura infantil, cuja primeira vertente agrupou os contos a que chamei da Lua encantada, âmbito sobre o qual já não posso dizer que não volte.
Por ora fica a certeza de ter ultrapassado mais uma etapa da minha vida de escritor que não deixará saudades nem me merecerá qualquer destaque especial, mas que sempre permanecerá como uma grata recordação.
Resta o desejo que as leituras tenham sido agradáveis e em elas, aqueles que tenham a bondade de me ler, possam encontrar algo que lhes prazenteie os momentos em que tenham partilhado a companhia.
Um grande saravá para todos vós.
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