quinta-feira, 20 de setembro de 2012


Estado de calor temperado

De mansinho
A jornada de verão
Escolhe os homens
Que com o calor
Contemplam sábios
A repousada natureza.

O rio corre
Para que no peito de quem vê
Desague a inspiração necessária que o faz correr.
E na ponte que ser ergue ao fundo.
A ligação dá-se e os homens amam-se mutuamente.

Nenhuma emoção
É descartada do presente,
E o beijo natural do mundo
Arrepia a pele de quem sente o rio a passar.
Como se uma marcha militar passasse
E os gritos de fim de guerra durassem toda a eternidade.

Um cipreste estacionado ao calor da bela encosta
Mirando em paz a tarde plena de verão.

Como é clara e tão lúcida
Esta vida para além da morte!!
Ter a natureza como consciência
E permanecer de braços cruzados
Admirando seus notáveis prodígios.


                                                                                                                   Diogo Correia
                                                                                                                      9/08/2012


6 comentários:

MJC disse...

Lindo!!!

Eu senti.

Amigo Diogo, um abraço grande.

Anónimo disse...

Muito bonito o poema do EG de hoje - sobretudo a estrofe final! Valha-nos a Natureza!

Diogo Correia disse...

Obrigado!! Companheiros

Penso que a natureza é somente a poesia do universo.

Grande Abraço
Diogo ;-))

luis santos disse...

Boa. Mas, já agora, o universo é a poesia de quem?

Aquele Abraço.

Diogo Correia disse...


Acho que neste caso a poesia do universo pertence a todos os homens que sabem contemplar a naturaza. Como estes fazem parte da natureza e sendo ela propria a poesia do universo, cabe ao homem como ser racional fazer do universo poesia.

É como um ciclo,o universo cria a sua poesia que é a natureza e o homem cria poesia no universo.

Abraçoo
Diogo

luis santos disse...


OK. Boa, outra vez!
Então, siga a dança que cria o universo.

Abraçoo.