quarta-feira, 13 de julho de 2016

“De Dedos E Cabeça Mergulhados Na Pia Do Nada E Da Água Benta”


Mergulho os dedos em água benta e a cabeça também Hoje tenho vaidade exagerada e o melhor carro do Mundo Amanhã não mais o corpo natural e a sombra e o resto terei Serei tão simplesmente um pedaço ínfimo de nada a andar à toa Tudo em mim será um vazio autêntico e não levarei seja o que fôr para o Céu… Trocarei tudo o que houver e quando a necessidade assim o exigir Irei ao mercado das jóias empenhadas colocar a alma no prego se requerido Cavalgarei nos costados de um cavalo sem eira e nem beira e sem cela apropriada Não seguirei nele por muito tempo para não cair na lama e nem em desgraça sem graça Usarei óculos de sol e escuros para evitar ver eventuais transfigurações desfiguradas no verbo Comerei um almoço exclusivamente vegetariano à base de pepino Deixarei que as películas de minha epiderme sejam levadas pelo vento Largarei os alforges a meio da caminhada e abraçarei tão-somente o destino Porque me hei-de então chatear ou incomodar se o equídeo decidir ir-se sem volta Oferecerei a todos os que esticarem a mão o interior de um cofre cheio de boa vontade Molhar-me-ei com todo o prazer à chuva que chova copiosamente Abrirei buracos no chão para plantar esperanças e inovações metafisicas Ficarei impávido agarrado ao chão à espera da vida enquanto não iniciar o passo Atirarei as sementes da criatividade que trago na mente ao chão para que germinem Olharei com atenção para elas e para tudo o que decidir crescer aleatório ou não em redor Todos me verão passar à janela do comboio com a cabeça de fora Cuspirei para o ar para sentir qual a direcção de tudo e de todo o resto Cobrir-me-ei com reais capas transparentes e feitas de ocasiões aleatórias Anteciparei a maldade e os maus instintos alheios juntando as mãos em oração Impedirei que qualquer instrumento parecido com a guilhotina me corte as ideias… Seguirei firme e sem vacilar perante nada e/ou hajam circunstancias adversas ou não!... Escrito em Luanda, Angola, a 12 de Julho de 2016, por Manuel de Sousa, em Alusão e em Honra a todos Aqueles Homens e Aquelas Mulheres que se movem pela coragem, usando a imaginação, a criatividade e a inovação, para tentarem convictamente obter o desejado sucesso, hajam adversidades ou não à sua frente e tentando retê-los ou impedi-los de continuarem a concretizar seus sonhos, por muito difíceis ou impossíveis que possam parecer! Também dedico este modesto poema livre ao pequeno-grande Povo Português e a todos os Povos Irmãos da Lusofonia Global e a todos os outros Povos que puxaram pela Selecção Lusíada/Lusófona (Portuguesa) de Futebol, pela brilhante vitória no Europeu de Futebol de Nações… Partilho/Estendo ainda esta Homenagem, com os/aos Atletas Portugueses que ganharam várias Medalhas de Ouro e outras, no recente Europeu de Atletismo…

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