terça-feira, 5 de dezembro de 2017

O DIÁRIO DA MATILDE - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

A ETA que há um mês atrás provocou a queda do governo da Catalunha que negociou com aquele movimento que depois estabeleceu uma trégua unilateral naquela região autónoma, parece ter sido agora impedida de voltar a levar a cabo um atentado em Madrid. 
Assolada nestes últimos anos por golpes policiais e em queda na perda da base social de apoio junto da população basca, reduzidos os suportes de alguns santuários internacionais de treino, como eram os casos da Líbia e do Iraque, por exemplo, não me admiraria se entrássemos num período de desespero que levasse à radicalização da luta e a um amento da espectacularidade das acções terroristas. No contexto da guerra mundial que vivemos com o combate ao terrorismo da Al-Qaeda e afins, não seria de estranhar uma aproximação com todos aqueles que, de uma maneira ou outra, afrontam o Ocidente pela violência. Com isso, o poder de fogo da organização poderia aumentar, assim como a sua capacidade para impor a tirania do medo entre os bascos e com isso recuperarem a sua margem de manobra chantagista quer sobre o estado espanhol, quer sobre os políticos espanhóis em geral. 

O mundo está tão agoirento que até parece que o mal vai vencendo e destruindo as pessoas e as obras de bem. 


No Haiti, depois de assinada a capitulação e de se ter falado de uma fuga para a vizinha República Dominicana de onde seguiria para o exílio, desconhece-se o paradeiro do ex-Presidente Jean-Bertrand Aristide. 
As milícias que agora patrulham as ruas de Port-Aux-Prince e impõem alguma ordem, reclamam a presença de uma força internacional para garantir a segurança no país. 
Esperemos os próximos dias. 


No Sudão, as bombas caem sobre aldeias de populações cristãs indefesas. 



A Margarida convidou a Cátia, uma colega de turma, para passar a tarde aqui em casa. 
Como o pai queria alinhavar estas linhas, não havia problema. 

A Luísa foi ao cinema ver um filme de Tim Burton. 



Ainda que um tanto desactualizado em alguns aspectos, o livro “Em Busca do Passado” continua a proporcionar-nos uma leitura muito interessante sobre os vestígios da pré-história da Humanidade e como os tratamos e analisamos para a compreendermos e explicarmos e dela fazermos as reconstituições possíveis. 


Junto ao edifício da escola primária, a luz do fim da tarde acompanha o prenúncio de Primavera que as árvores apresentam na tenra folhagem. 
O jardim do coreto, já se abonitou de cor-de-rosa. 


 Alhos Vedros 
  29/02/2004 


CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 

Binford, Lewis R., EM BUSCA DO PASSADO, Prefácio do Autor, Prólogo de Colin Renfrew, Nota redactorial de Jonh F. Cherry e Robin Torrence, Tradução de João Zilhão, Publicações Europa-América, Mem Martins

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