sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

CONVITE



Meus queridos amigos e amigas, aproveitando o presente correio para desejar sobre vós a benévola coroação de uma cornucópia dourada neste ano a abrir, venho convidar-vos para a apresentação do meu próximo livro, no dia 20 de Janeiro, sábado, pelas 15.00, na sala Araújo Ferreira da Escola de Medicina Tradicional Chinesa, na rua D. Estefânia, nº 173, em Lisboa. 
O livro, António Telmo, Literatura e Iniciação, editado pela Zéfiro na colecção Tomé Natanael, será apresentado por António Carlos Carvalho.
Nesta sessão, cuja abertura será feita pela  professora Deolinda Fernandes, directora da Escola, que com o filósofo privou, será também lançado o VIII volume das Obras Completas de António Telmo (Rui Lopo e Renato Epifânio), ocorrerá uma conferência sobre António Telmo pela escritora, poeta e ensaísta Maria Estela Guedes, bem como leituras de ambos os livros pelas escritoras/poetas Ana Paula Costa, Maria Azenha e Luísa Sousa Martins.
Com um caloroso abraço, antecipo o dia e a alegria do novo encontro em torno do iluminado e iluminador pensador da razão poética.

«António Telmo é uma espécie de semente de felicidade, algo que germina e germinará, pelo conhecimento, pela ética, pelo arrojo, pelo testemunho, pela Presença, pelo brilho elevado até na sombra. Se tentar descrever o que sinto desde sempre quando penso nos livros dele, é muito parecido com o sentimento que em criança (e recordo-me muito bem) dedicava aos brinquedos mais sonhados, mais desejados, como objectos mágicos. Algo assim: se tud...]o falhar existem estes livros, existe este pensamento. 
​[​...]
Fica arrumado que o sol pertence ao mundo das coisas sensíveis. E não nos ocupamos mais disso.
Mas quando António Telmo afirma: «Seja qualquer ser sensível, o sol, por exemplo», já é outra coisa. O sol já não é distante, já não provoca queimaduras, já não morreu, já não é uma estrela inalcançável. É um menino perdido no céu, solitário de tanto brilho, incompreendido de tanta distância, é antes a personagem dos poetas, o filho das mães, o pai dos filhos, o nosso rosto no universo, a máscara da nossa sombra, o cintilar das nossas lágrimas em arco-íris, o nosso coração de pedra em formato de luz. Enternece. Se pudéssemos pegar-lhe ao colo, falar-lhe-íamos como ao nosso amigo animal, como ao nosso boneco de dormir, como ao nosso filho quando bebé, como à criança que nós próprios fomos. É um ser sensível, o sol. Como nós somos e andámos a esconder de nós mesmos. Obrigada, António Telmo, hoje talvez escondido atrás do sol a rir deste meu delírio. Muito se aprende com a Gramática Secreta…» (do livro)

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