Em Portugal, o regime democrático só não está preso por arames, por enquanto, dada a nossa qualidade de membros da União Europeia.
Hoje rebentou mais uma bomba e ainda por cima num terreno minado, o futebol.
Foram detidas para averiguação várias figuras ligadas à Câmara Municipal de Gondomar e ao Gondomarense, entre as quais o Major Valentim Loureiro, mas também vários árbitros e ex-árbitros e dirigentes da respectiva comissão da Federação Portuguesa de Futebol, entre os quais o seu Presidente, o senhor Pinto de Sousa. Fala-se de tráfico de influências, falsificação de documentos e resultados, corrupção e lavagem de dinheiros. Enfim, o costume, não é?
O problema é que se este novelo da bola fosse puxado até ao fim veríamos que as mãos sujas apanhariam em cheio tanto o PSD como o PS e o CDS.
E daríamos de caras com gente muito poderosa e, em alguns casos, perigosa, capaz de chegar ao ponto de pôr o país a ferro e fogo.
Seja como for, por enquanto estamos a falar de peixe miúdo e é precisamente por isso que isto me cheira a esturro.
Quando até já houve um árbitro condenado em tribunal num processo que roçou gente do Leça, à época, uma espécie de clube satélite do Futebol Clube do Porto, a corrupção mais grave é a que se verifica ao nível do futebol não profissional?
E depois tudo parece girar em torno do Gondomarense que concorre, vejam só, com os “Dragões Sandinenses” de Gaia.
Bem, esperemos pelos próximos capítulos mas que dá para desconfiar, dá.
Vamos a ver se me engano.
Hoje os alunos aprenderam os números onze e doze, em torno dos quais realizaram os exercícios e as fichas, tendo ainda executado contas de somar e subtrair.
A Margarida colocou o aparelho para correcção dos dentes que terá de usar durante uns três a quatro anos.
No regresso deixei-a na biblioteca onde decorreu a aula com a presença de uma escritora.
A noite está à espera da chuva.
A noite está à espera da chuva.
Alhos Vedros
20/04/2004