Luís Santos
O LATIM e o CRISTIANISMO
A romanização da península
ibérica durou, grosso modo, cerca de 600 anos, entre 200 anos, antes de cristo,
e 400 anos, depois de cristo. Corria a primeira década do século V, quando Alarico,
o primeiro rei visigodo, conquistou no ano de 410 a cidade de Roma, capital do
império romano do ocidente.
Duas das marcas culturais mais
significativas que os romanos deixariam na península foram: o latim e o cristianismo.
O latim, uma das línguas mais faladas no extenso império, a par com
o grego. É do latim, sobretudo, que deriva a Língua Portuguesa, mas também
outras línguas românicas como o italiano, francês, espanhol, português, romeno,
catalão, entre outros idiomas. Como a Língua Portuguesa se acabará por
desenvolver a partir do latim vulgar, falado na província do Lácio que se situa
na atual região central italiana, por isso, o poeta brasileiro Olavo Bilac lhe atribuiu
a feliz designação de “Flor do Lácio”.
O cristianismo, que por decisão do imperador romano Teodósio I, se tornou
na segunda metade do século IV, depois de cristo, a religião de todo o império,
depois de se caracterizar durante vários séculos pelo politeísmo que,
entretanto, se tinha desenvolvido a partir do panteão grego. Ora, quando no
século seguinte, o império romano do ocidente acaba por ruir às mãos dos povos
germânicos que invadem a península ibérica, o cristianismo já tinha criado
raízes suficientemente fortes para perdurar com grande força, por todo este
território.
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