sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Um Poema


“A Mastigar Sem Parar De Estar Atento À Vasta Luz Do Eterno Ovo Cósmico”

Mastigo com uma parte da boca e com a outra não
Bocejo armado em mastodonte já extinto há muito
Passei com o tempo de carnal a sêr de aspecto puro
Quiçá fui invisível e sou agora um pouco mais visível
Vim do nada e pretensiosamente transformei-me em luz…

Andei pelo formato vegetal de hortas em jardins afins
Vim das sementes de frondosas florestas marinhas
Cheguei ao ponto de mastigar folhas e ramos crus
Transmutei de uma árvore da selva em bicho da sêda
Arrastei-me sim e icei-me momentos passados depois…

Aqui estou eu a olhar para as estrelas e tentar contá-las
Nos pulsos uso pulseiras feitas de tecidos e de contas
Sonho em desprender-me desta rocha e libertar-me além
Conjecturo desde o início atingir o fim de meus objectivos
Reúno-me com o resto do cosmos original a idealizar a multiplicação…

Saio da casca do ovo filosofal onde também nasceu a Terra para o imaginário…

Escrito em Luanda, Angola, por Manuel (D’Angola) de Sousa, a 16 de Janeiro de 2020,
em Homenagem a todos aquelas e aqueles Cientistas, Estudiosos, Professores e  Observadores que, para além de pacientemente perscrutar o incomensurável Espaço e o Universo e todos os possíveis eventos e fenómenos espaciais, buscam novos Galáxias, Astros Solares e outros e Planetários e tudo o que para la é detectar ou observar a partir do Planeta Terra…

“A estes Heróis da Observação Astronómica, vai o meu profundo respeito e a eles, como muitos de nós Humanos, deposito toda a confiança para que se mantenha a esperança de um dia, estarmos mais avançados a explorar os novos Mundos, ora observados e catalogados…”   

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