Uma Revista que se pretende livre, tendo até a liberdade de o não ser. Livre na divisa, imprevisível na senha. Este "Estudo Geral", também virado à participação local, lembra a fundação do "Estudo Geral" em Portugal, lá longe no ido século XIII, por D. Dinis, "o plantador das naus a haver", como lhe chama Fernando Pessoa em "Mensagem". Coordenação de Edição: Luís Santos.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
d´Arte - Conversas na Galeria LXXII
Flor de Amendoeira Autor António Tapadinhas
Óleo sobre Platex 15x15cm
(clique sobre a imagem para ver em pormenor)
No passado Sábado estive no céu! A visita à exposição, A Perspectiva das Coisas, patente no Museu Calouste Gulbenkian, foi a sensação que me deixou. Ver Cézanne, Monet, Manet, Matisse, Bonnard, Braque, Magritte, os nossos Vieira da Silva, Amadeo de Sousa Cardoso, Eduardo Viana e o génio louco Van Gogh, têm esse efeito sobre mim.
Com o trabalho tudo correu bem, o último quadro foram ramos floridos – tu verás, entre as minhas obras talvez a que fiz com mais paciência e melhor, pintada com calma e uma maior segurança das pinceladas. Estas palavras foram escritas por Van Gogh, numa carta ao seu irmão, depois de concluir um quadro, para oferecer ao seu sobrinho e afilhado, Vincent.
A obra, com o título, “Amendoeira em Flor”, óleo sobre tela, 73x92cm, está em Amesterdão, no Rijksmuseum Vincent Van Gogh. Todos os críticos, nos seus comentários, consideram este céu, o mais intenso, o mais brilhante, que o artista alguma vez pintou. Tinha a intenção de colocar aqui o quadro, mas fiquei completamente baralhado: se se derem ao trabalho, verificarão, nas centenas de reproduções que há no Google, as diferenças gritantes que existem entre cada uma delas.
Agora, já vi e já senti o verdadeiro azul do Mestre.
Neste Inverno, mais do que a queda de neve ou os gélidos ventos, imaginem as andorinhas pairando no ar, com o inconfundível aroma das amendoeiras em flor, anunciando a chegada da Primavera…
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3 comentários:
Sim, percebe-se a homenagem ao Mestre, mas com um toque sui generis que, neste caso, revela uma certa sensibilidade que podemos encontrar em pintura clássica (?) do Oriente e com isso se distanciando dele, para melhor o homenagear. Tenho a certeza que o Vincent, sorri, está a sorrir, por sentir o perfume deste anúncio da Primavera.
Mas já agora podias muito bem seguir-lhe as pegadas na oferta, não para um sobrinho, mas, para não o repetires, para um primo, ou melhor, um priminho, justamente aquele que até tem a particularidade de ter sido o único que levou as alianças no dia do teu casamento. A outra criança era uma prima.
E mais não digo.
Aquele abraço, companheiro
Luís
Luís: Van Gogh, como muitos outros artistas do seu tempo, comprava gravuras chinesas (Katsushika Hokusai), para fazer delas a sua interpretação, por isso, não me admiro que tu notes essa onda oriental - não tsunami.
:)
Quanto ao menino das alianças, eu tenho a prova desse gesto registado em fotografias da época...
:)
Posso oferecer-te a Flor de Amendoeira, mas...
não quero que se separe das outras estações!
Estou a pensar mostrar as quatro estações. Vamos falar depois do Outono...
Abraço,
António
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