quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Dois Poemas



FRONTEIRAS

Na fronteira passo minha inexistência.
Trêmulas bandeiras desencontradas
evitam a minha mão. Desfaço os nós
presos ao estribilho e torno o hino
impatriótico na universalidade.

Espaço o caminho das ultrapassagens.
Ao lado é estar aqui na consequência.


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PARÊNTESES

ser a vida entre parênteses
na explicação dos teores ocultos
no desplante: mentir explicações
de contados elementos na imagem
modulada no limite do esgarçamento:
conta apresentada em favores;
desligar o som e explicar o silêncio
do quarto entreaberto em atos.
O sentido do rosto contra o espelho
melancólico das imagens. Texto
tosco das palavras sem sentido.

(Pedro Du Bois, inéditos)

2 comentários:

Pedro Du Bois disse...

Gratíssimo, como sempre, pela divulgação. Abraços, Pedro.

estudo geral disse...

Igualmente gratos. Abraços.