Dalai Lama e Tibete
No livro " O Ensinamento do Dalai Lama", escrito por Ele mesmo, diz-se que o Budismo é uma doutrina que visa a eliminação do sofrimento - de si próprio e de todos os seres. Como se poderá lá chegar? Através da meditação, da contemplação, da reflexão, respeitando todo um conjunto de princípios e de práticas.
Talvez se possa dizer que a principal orientação dada nesses ensinamentos é de que se deve amar mais os outros do que a si próprio. Servir os outros constitui-se no Budismo como a principal regra de vida.
Logo aqui, a clara relação que se pode estabelecer com uma dos mandamentos da mensagem cristã, "Ama o próximo como a ti mesmo", permite perceber que a mensagem budista tem infinitos pontos de contacto com a mensagem de Cristo.
Quanto à causa do povo tibetano, devo confessar que não conheço muito bem a sua história, mas reconheço-lhe alguns pontos semelhantes aos da causa que guiou o povo Maubere à independência. Quer dizer, o direito de um povo poder decidir sobre o seu destino, num território que lhe foi usurpado pela força, parece-me uma causa de direito inalienável.
Deveria ser pacífico, não?
(…)
Por ouvir falar em Teocracia, tenho para mim que Deus é Liberdade. Naturalmente, uma liberdade com regras, dada a necessidade de vivermos num Estado de Direito, onde a igualdade de todos perante a lei é (ou deveria ser) princípio basilar. Uma liberdade onde o processo de iniciação dos noviços seja feito de forma adequada para não deixar que ninguém se perca.
Desde a Revolução Francesa que temos vindo a aperfeiçoar um sistema político de democracia liberal, economia de mercado, capitalista, com maior ou menor intervenção por parte do Estado, sistema que saiu triunfante da “guerra fria", dada a súbita queda dos socialismos a leste, mas não de todos.
Os Socialismos hão-de voltar e veremos, lá mais para a frente, no que vai dar a aventura Chinesa deste Socialismo de Mercado. Esperemos que nos possa trazer um aperfeiçoamento que os liberalismos tardam em conseguir, embora estejamos de pé atrás… Dizemos os liberalismos porque eles não são todos iguais se comparamos, por exemplo, o norte com o sul da Europa.
De facto, esta nossa democracia liberal tem tantas limitações que se torna exasperante. Faltam-lhe mecanismos que lhe garantam um melhor funcionamento e que lhe reduzam os incríveis demagogismos, os clientelismos partidários, o situacionismo de "partidos" (quer dizer, de não serem inteiros, íntegros…), onde não seja necessário os políticos falarem aos gritos, numa indelicada poluição sonora, quais enganosos vendedores de banha da cobra.
Sente-se a falta de Algo, ou de Alguém, que esteja acima do Presidente (ou que o substitua!...), do Governo, dos Tribunais, mais lúcido, mais clarividente, que os possa orientar na sua limitada capacidade de gestão do tecido social. Esta inépcia política torna-se ainda muito mais gritante na administração autárquica.
Talvez no lugar de um Conselho de Estado devêssemos ter um Conselho de Sábios, com o maior respeito por aqueles senhores conselheiros, que muito úteis podiam ser nos desvarios mentais dos nossos líderes políticos. Talvez assim a Justiça legitimasse o Estado de Direito, a Educação formasse pessoas de eficaz participação social, os doentes tratassem da Saúde e o sustento desse muito mais para todos com muito menos trabalho.
Mas já agora, o que é um Sábio?
E não será que, com estas ideias, nos estamos a afastar de um sistema político de democracia liberal por troca com um sistema teocrático? De democracia plural mas radical? Ou será que é mais de tipo oligárquico, género socialismo de mercado? Decerto, anarquista e pacifista. Ecologista e que respeite mais os direitos dos animais. E não será possível juntá-los a todos?
É claro que necessariamente as Agendas Políticas se adequariam definitivamente aos Direitos Humanos.
Por ouvir falar em Teocracia, tenho para mim que Deus é Liberdade. Naturalmente, uma liberdade com regras, dada a necessidade de vivermos num Estado de Direito, onde a igualdade de todos perante a lei é (ou deveria ser) princípio basilar. Uma liberdade onde o processo de iniciação dos noviços seja feito de forma adequada para não deixar que ninguém se perca.
Desde a Revolução Francesa que temos vindo a aperfeiçoar um sistema político de democracia liberal, economia de mercado, capitalista, com maior ou menor intervenção por parte do Estado, sistema que saiu triunfante da “guerra fria", dada a súbita queda dos socialismos a leste, mas não de todos.
Os Socialismos hão-de voltar e veremos, lá mais para a frente, no que vai dar a aventura Chinesa deste Socialismo de Mercado. Esperemos que nos possa trazer um aperfeiçoamento que os liberalismos tardam em conseguir, embora estejamos de pé atrás… Dizemos os liberalismos porque eles não são todos iguais se comparamos, por exemplo, o norte com o sul da Europa.
De facto, esta nossa democracia liberal tem tantas limitações que se torna exasperante. Faltam-lhe mecanismos que lhe garantam um melhor funcionamento e que lhe reduzam os incríveis demagogismos, os clientelismos partidários, o situacionismo de "partidos" (quer dizer, de não serem inteiros, íntegros…), onde não seja necessário os políticos falarem aos gritos, numa indelicada poluição sonora, quais enganosos vendedores de banha da cobra.
Sente-se a falta de Algo, ou de Alguém, que esteja acima do Presidente (ou que o substitua!...), do Governo, dos Tribunais, mais lúcido, mais clarividente, que os possa orientar na sua limitada capacidade de gestão do tecido social. Esta inépcia política torna-se ainda muito mais gritante na administração autárquica.
Talvez no lugar de um Conselho de Estado devêssemos ter um Conselho de Sábios, com o maior respeito por aqueles senhores conselheiros, que muito úteis podiam ser nos desvarios mentais dos nossos líderes políticos. Talvez assim a Justiça legitimasse o Estado de Direito, a Educação formasse pessoas de eficaz participação social, os doentes tratassem da Saúde e o sustento desse muito mais para todos com muito menos trabalho.
Mas já agora, o que é um Sábio?
E não será que, com estas ideias, nos estamos a afastar de um sistema político de democracia liberal por troca com um sistema teocrático? De democracia plural mas radical? Ou será que é mais de tipo oligárquico, género socialismo de mercado? Decerto, anarquista e pacifista. Ecologista e que respeite mais os direitos dos animais. E não será possível juntá-los a todos?
É claro que necessariamente as Agendas Políticas se adequariam definitivamente aos Direitos Humanos.
Luís Santos
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