sexta-feira, 6 de maio de 2016


Resiliência 3
A Fuga da Palavra 93

a meu amor eterno, Solange,

o poema do exercício azul, azul de madrugada no comboio
entre Lisboa e Setúbal o risco, o esboço do teu rosto
voo rente de gaivota no Tejo, pelo teu ventre projectado
na janela do azul vegetal em movimento regresso a Praias
finalmente o sopro fresco nos poemas do desejo feminino
que direi do marco na estrada de terra a chegada
o mundo tem recuperado o sol do espírito
e nós suspiramos por uma resiliência da
alegria todo o dia claro,a caminhar,

José Gil
27-4-2016

Sem comentários: