quinta-feira, 19 de maio de 2016

“Pascualina Passagem Do Perdão Da “Pessach” Para A Libertação Física E Da Alma…”

Olhei para cima…
Como um meteorito
Caí-te dentro do olho
Agarrei-me firme às pálpebras
Para não me aprofundar mais ainda
Senti um arrepio esquisito espinha acima
Vi-me preso bem lá no fundo do teu olhar…

Pensei em liberdade
Muito como homem preso
Agarrado às barras pensante
Vendo o presente fugir-lhe futuro adentro
Muito mais rápido que esperado ou visualizado
Lá fora ouvia-se o som de um cão a ladrar em desafio
Corria a lâmina afiada da navalha pela linha da sombra

Meu coração batia
Corria em si palpitante
Rodava seu próprio espaço
Badalava como um sino a tocar
Soa a um dia de procissão em pleno adro
Mesmo não religioso seguia passos de muitos cristos
Percorria o longo deserto em pensamento nos pés dos hebreus…

Buscava na bruma os mistérios do perdão e procurava o maná da libertação…

Em Luanda, Angola, escrito a 25 de Marco de 2016, por Manuel (D’Angola) de Sousa, em Alusão à continuidade e ligação estreita das Culturas Judaico-Cristãs, onde há mais a unir estas duas tradições Religiosas que, a separá-las. Elas, no fundo, têm a crença de base principal sustentada com/nos mesmos princípios Teológicos, pois, para as duas, Deus ou o Criador, é precisamente o mesmo para uns e outros. Identicamente, os mesmos princípios aplicam-se também à Religião Maometana/Islâmica/Muçulmana, pelo que todas as lutas e guerras e iras que as sempre separaram, não têm uma causa plausível e justa ou justificada, pois, a única causa que divide estas Religiões consubstancia-se na intensa e profunda ignorância que existe à volta da verdadeira realidade das três Religiões, e que, as devia unir muito mais que as devia dividir, como tem sido apologia de muitos maus e super interesseiros Lideres Religiosos, que tudo têm feito para manter a desunião e desavença, em prol de interesses minimamente maquiavélicos, maléficos, pessoais egocêntricos e políticos e de poder próprios…



1 comentário:

luis santos disse...


Caro Amigo Manuel De Sousa
Esta poesia piramidal é não só de imensa originalidade como também muito clari-vidente, lúcida e sábia, que nos sustém e empurra para cima , lugar das fontes que nos saciam. Gratos.
Grande Abraço.