quarta-feira, 21 de junho de 2017

“De Calças Rasgadas Nas Algibeiras Cheias De Brilhantes Olhos Índigo”


Corro com as calças rotas nas pregas
Falta-me a pureza do ar nas algibeiras
No fundo faltam-me fundos e o fundamental

Deambulo pelo Sol feito um vagabundo
Como a luz que dele sai com garfo e faca
Alimento-me de pura energia heliográfica

Materializo pecados incomuns e idiotas
Arrependo-me momentos ou dias depois
Arrasto-me pelas esquinas beijando mãos

Pego-me mesmo sem cola a olhos brilhantes
Perco-me imediatamente na falta de gravidade
Oscilo como um indeciso pendulo instável

Marco horas e mudo tudo a meio caminho
Idealizo e cumpro nem metade dos objectivos
Dá-me a preguiça e sigo-a hipnotizado a passo

Ronco à noite que nem um Adamastor
Ressono como um troglodita das cavernas
Acendo o candelabro para vêr se está tudo bem

Conduzo o camião pesado como um robô
Descrevo movimentos sincronizados nas rectas
Paraliso antes de chegar às curvas mais apertadas

Toco numa banda de música para não adormecer
Canto a ler o jornal do avesso ao início da madrugada
Qualquer coisa serve como instrumento musical

Escrevo e leio para adultos e crianças índigo
Revelo mensagens de lento despertar suave
Provoco paradoxais polémicas psíquicas de propósito…

Abro um canal receptivo para o interior da compreensão…

Escrito por Manuel (D’Angola) de Sousa, a 17 de Junho de 2017, Celebrando o que a alegria, a sabedorias, o amor, a tenacidade, a tolerância, a compaixão, o perdão, o bom senso e o sentimento de paz, a fraternidade e todos os benefícios, encerram e têm de melhor, de benéfico, de construtivo, de evolutivo e de positivo para toda a Humanidade…

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