terça-feira, 6 de junho de 2017

O DIÁRIO DA MATILDE - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

PARABÉNS, MÃE!

Os prodígios do “Spirit” prosseguem. Oxalá estejam ainda no início. 
A esta hora deve o robot estar a analisar uma rocha marciana, junto da qual parou. 
Brevemente começarão a chegar os dados à base terrestre. Isn’t that wonderfull? 
Espera-se um considerável aumento dos conhecimentos a respeito do planeta vermelho. 

Onde também há dias de Sol 
apenas sem o encanto que a Vida incute na luz 

e no ar 
que a abençoa. 



E esta? 
No mesmo artigo, (1) o Professor Fernando Rosas consegue dizer que não é possível democratizar o Iraque e que a solução do problema iraquiano passa pela democratização daquele país. Parece uma contradição mas não é. O referido fenómeno será possível desde que enquadrado sob a responsabilidade das Nações Unidas – presume-se – embora não explique como nem porque se resolverão mais facilmente os contenciosos em apreço, mormente os militares. 



O meu pai sofreu ontem uma pequena cirurgia no olho direito que hoje está tapado com o respectivo penso. 

Graças a Deus está bem e a recuperação será rápida e a preceito; a atitude do paciente é boa e o ânimo está em cima, o que é bom. Mas o médico aconselhou repouso nas próximas quarenta e oito horas. 
É isso que o homem está a fazer e as netas fizeram-lhe companhia. 


Infelizmente, com isto se passou o dia do aniversário da minha mãe que hoje faz setenta e um anos de idade. 



A aula repetiu-se entre a Matemática e a Língua Mãe e por fim houve trabalho para casa que a Matilde resolveu na perfeição. 
Os alunos realizaram exercícios com números a propósito do que fizeram ilustrações e colagens e depois exercitaram a nova palavra aprendida e outra a partir dela, nomeadamente mão. Com as fichas a este respeito, fizeram desenhos e pinturas. 

Sem que necessite de as ver para copiar, a Matilde já escreve todas estas palavras. 


E eu sinto um calor cá dentro do peito… 



Santana Lopes, presidente da câmara de Lisboa defende a construção do túnel do Marquês do Pombal por comparação com os túneis da Avenida João XXI. 
João Soares, o responsável pelo executivo municipal aquando desta última obra, respondeu que ela destinou-se a escoar o trânsito da cidade ao contrário da actual que tem a função oposta. 

É isto a politicazinha, entre nós. 



E as noites continuam estreladas mas frias, muito frias. 


Alhos Vedros 
  21/01/2004 


NOTA 

(1) Rosas, Fernando, O IMPASSE AMERICANO, p. 5 


CITAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 

Rosas, Fernando, O IMPASSE AMERICANO, In “Público”, nº. 5051, de 21/01/2004

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