Fotografia de Kity Amaral
Poema de Luís Santos
Marolas
Uma caravela e o céu aberto só por ela
Triangular bolina a seguir desnorteada
Cruzeiro do sul de luz que nos anima e guia,
O sussurro do vento
Nostálgico balanço na doce cama do mar
O búzio e o eco distante no canto da sereia Uma India que ainda nos clama e chama,
O fogo do oriente
O lenço escuro composto atado no pescoço
A camisa de xadrez avermelhada e russa
O mastro gasto a que me agarro e miro,
A Terra sem fim
Um vislumbre de samba e a deusa das águas
Cachoeira de saudade em chuva de prata
E o regaço de criança da mulata que nos mata,
O tempo sem tempo
2 comentários:
Parabéns. Abraços.
Grato Pedro. Abraços.
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