sexta-feira, 9 de março de 2018

Um Poema D'Angola


“Palavras Retorcidas De Tanto Uso Multi E Pluri-Silábico Verbo”

Torço as palavras todas
Espremo-as
Lavo-as ah mão
Enxaguo-as
Retorço-as uma vez e outra
Revolvo-as
Atribuo-lhes novos significados
Seco-as
Estendo-as num estendal
Colho-as
Dou-lhes significado e forma
Estiro-as
Crio imagens e símbolos
Estico-as
Transformo-as em pó
Elastifico-as
Moldo-as no formato do esparguete
Massifico-as
Supro-lhes nas narinas
Reciclo-as
De transformação em transmutação
Ilumino-as
Faço com que se desenvolvam asas
Espiritualizo-as
Crio a silhueta vida da Humanidade
Abencôo-as
Inspiro-lhes a magia e um halo na Alma…
Divinizo-as
No “Fiat Lux” da Existência somos o Cósmico Uno Verbo…

Penso e imagino às Suas Imagem e Semelhança e logo sou o Universal Eterno Logos Individual…

Escrito em Luanda, Angola, por Manuel (D’Angola) de Sousa, a 7 de Março de 2018, em Homenagem às sacrificadas e sofredoras Crianças e às massacradas Mulheres-Mães da Síria, em um veemente grito de revolta e de dor comungada, e de enérgico apelo ao Mundo inteiro, para que juntemos vozes em todas as Línguas e acabemos todos, de uma vez por todas, com esta monstruosa guerra arruinadora e avassaladoramente desumana…

“Fim à guerra na Síria. Paz incondicional já…”

Ao Dia Internacional das Mulheres e às Mulheres de todo o Planeta Terra, nossas Mães, Esposas, Irmãs, Filhas, Avós, Tias, Colegas, Amigas, Conhecidas, Vizinhas, Concidadãs e de todos os Tempos…

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