Sim, o mundo é redondo e a Lusitânia armilar.
Mas há quem se sinta a remar contra a maré.
Poucos os que têm a nossa perseverança e muitos os que se desligam durante longos períodos da nossa luta contra o hedonismo reinante e contra a diluição de Portugal. Mas, por vezes, regressam. E até há os que dão um ar da sua graça comentando os que por cá andamos.
Fazem-me lembrar o que se passava comigo quando andava entre África e Portugal e, cá chegando, encontrava as mesmas pessoas a fazerem o mesmo que faziam quando as vira pela última vez. E eu pensava que elas deveriam ser umas tristes pois, entretanto, eu já dera a volta a meio mundo e elas continuavam ali sentadas no mesmo local... E passados estes anos todos, muitos ainda lá estão, mais velhotes, a fazer o mesmo. E eu hoje penso que eles é que são as âncoras do nosso Portugal enquanto eu não passava dum andarilho saltimbanco, meio azougado e leviano.
E como o mundo é redondo, somos nós que hoje cá estamos, perseverantes, a fazer sempre o mesmo. Só que não nos limitamos a limpar o estrume éguariço nem a ir para o jardim público jogar à batota enquanto alguém não fecha as tábuas à nossa volta: defendemos publicamente os Valores em que cremos dissecando as andanças da Nação a que pertencemos e de que tanto gostamos. E há quem cá venha espreitar o que fazemos. Não chegam todos hoje, alguns só amanhã cá espreitarão e assim será enquanto houver dedos para teclar...
Eu cá estou na senda da Lusitânia armilar!
Continuemos…
Henrique Salles da Fonseca
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