Contraluz, Autor António Tapadinhas, 2010
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PARÁBOLA
não sou capaz de dizer
não sou capaz de dizer
o que teima e quer nascer
cá dentro do meu pensar
mas quando eu me for embora
apanha um vidro do chão
e tapa com a tua mão
o sol que aí brilhar
hás-de ver que o que aí mora
não é mais do que a saudade
que passa da tua pele
numa luz que se quisesses
não podias apagar
Maria Teresa Bondoso
4 comentários:
O quadro já conhecia mas é belíssimo e constitui sempre um prazer revê-lo.
Da escrita de Teresa Bondoso confesso que já tinha saudades e este poema saldou-se num reencontro feliz.
Como é normal nesta rúbrica o casamento dos textos com as imagens traduz-se sempre em mútuas vantagens.
Portanto, tá tudo certo.
Abraços.
Manuel João
Estou de volta e, como sempre, encantada por cá estar. Agradeço ao António pelas imagens que, como sempre, são fabulosas; ao Manuel João quero também dar conta do prazer deste reencontro. Vemo-nos por aqui, pois...
MJC e Teresa Bondoso:
Abreijos
António
Que saudades de ler a Teresa... e da maravilhosa parceria que fazem a Teresa e o António: os textos sublimes da Teresa com os quadros belíssimos do António. Até para a semana? :)
Parabéns a ambos. E beijos aos dois.
Amélia
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