domingo, 2 de agosto de 2015



Maresia
Encosto-me vendo o mar
Na orla marítima estendo-me para lá do céu
O Sol permanece inerte
À constante mudança do mundo.
 
 
O que sou??
 
Inconsciente, o traço que separa
A Terra do Universo
Lança a questão ao espírito que me pertence.
O infinito é do tamanho do céu que sustento
Sentado nesta cadeira.
Para que serve pensar??
 
Um barco vai a passar ao largo da costa
E uma luz piscando ao longe
Faz parecer que o dia nasceu
Para que nos amemos uns aos outros.
A maresia que do outro lado do mundo
Traz nostalgia e saudade, e eu:
Quem sou??
O rasto da noite que passou
Fez com que este dia chegasse
Para me abraçar,
Esta luz que pelo mar vem estonteante
Segreda-me as minhas dúvidas de mansinho
Tão de mansinho que só de as ouvir
Vale a pena existir para duvidar.
Diogo Correia
 

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