domingo, 3 de abril de 2016

A Fuga da Palavra 38



A meu grande amor apaixonado, Solange


estou lavrando o teu corpo em redor do poço
na vagem vegetal da tua fertilidade espero por
março para florir

a casa aberta a terra perdida a palavra em fuga

um desejo de liberdade para o corpo quente

os seus óleos são asas para o meu corpo junto
a oliveira onde os actores preparam a cena

estou bordando o teu corpo de carícias e carinhos
no dia da fuga da palavra justa,

José Gil

11/2/2016

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