Bem se pode dizer que este Domingo foi um bom complemento cultural para o dia de ontem.
Depois de uma manhã de leitura, a meio da tarde estivemos num recital para violino e piano para ouvir peças de Mozart e Tchaikovsky.
Até a Margarida saiu encantada.
Depois, a mãe e a Matilde foram andar de bicicleta.
E é tão engraçado ver as duas manas realizarem os trabalhos de casa.
E como o pardalito tem evoluído no desenho das letras.
Na Rússia, a luta é dura entre Putin e os oligarcas que dominam os grandes grupos económicos.
Está preso o homem mais rico do país que muito tem subsidiado partidos da oposição.
Quando o Ocidente apostou em Boris Ieltsin esqueceu as lições da História. No seu afã de querer ver destruído o império soviético, os estrategas esqueceram que esse era o único contexto em que era possível fazer a transição do regime totalitário para os estados de direito em que, posteriormente, se criariam condições para separações civilizadas como a que ocorreu entre checos e eslovacos, para além de permitirem a criação de uma economia de mercado que, se bem que dificilmente fugisse a uma fase de capitalismo selvagem, poderia muito bem ter evitado aquilo que veio a ser a génese de um capitalismo mafioso.
Seria Mikhail Gorbatchov o homem para essa tarefa tão pesada? Nunca o saberemos, mas que tinha uma ética de serviço público isso parece-me que era real. E que a realpolitik não apostou forte em tal figura, disso também não me parecem restar dúvidas.
A verdade é que dali saiu uma das fontes de terrorismo que hoje em dia jurou uma guerra de morte ao nosso modo de vida.
A que se junta o crime organizado, a outra grande ameaça das democracias ocidentais.
Até que os democratas recuperem a iniciativa, o mundo andará à deriva.
Oxalá não choque com os cordelinhos de engenhos nucleares.
Domingo de repouso.
Vou dedicar a noite aos jornais da manhã.
Alhos Vedros
02/11/2003
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